segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

COTA ZERO


Stop
A vida parou,
ou foi o automóvel?

O que Drummond quis dizer com isso, alguém me explica?

Já li inúmeros ensaios sobre o tema/poema, e nenhum fez sentido (suficiente) pra mim.

Mas como decidi apertar a tecla "pause" ou "stop", o poema é perfeito, ainda que eu não o entenda.

Depois explico a "pausa" melhor, mas óbvio que tem a ver com essa minha "urgência afetiva" que já está cansando a minha beleza.

Drummond vai me perdoar.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

CANO

Que você tenha sido
por ETs abduzido
sequestrado por bandidos
a sua casa tenha caído
sua avó tenha morrido

Que você tenha assumido:
na verdade é gay
resolveu sair do armário
ou sei  lá, ainda ama a ex

Que você tenha batido
a cabeça numa pedra
tido total amnésia
(ou crise existencial tal
que não lhe deixe raciocinar ou atender o celular)

Que voce tenha sofrido paralisia
taquicardia, esquizofrenia,
hemorragia, pneumonia
ou qualquer outra agonia

Só não tenta explicar
Cano assim
Não dá pra desculpar

sábado, 26 de fevereiro de 2011

SEÇÃO CINCO COISAS

Cinco coisas que me deixam de mau humor:

1. fome
2. arrogância
3. fila
4. mulher dando em cima de quem está comigo
5. visita surpresa

Quatro ítens em dois dias: ninguém merece!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MINHA VIDA NUM ALMOÇO

Já escrevi por aqui que tenho conhecido pessoas interessantes ultimamente. Gosto de pessoas e gosto de histórias, então pra mim não há nada melhor que ouvir a história de vida de alguém. E se for interessante, melhor ainda.

Dito isso, nesses dias (de novas pessoas e novas histórias) percebi duas coisas: primeiro, mesmo que eu me envolva  - a princípio - só físicamente com alguém, quando a história acaba, o que mais me faz falta são as conversas (por mais que o sexo tenha sido fantástico, e às vezes até é); segundo: eu   também  tenho uma história pra contar.

Essa última parte precisa de explicação: uma parte de mim ainda se sente aquela menina de dezoito anos ingênua e inexperiente, que ouvia chocada o que as pessoas  tinham pra contar  e se perguntava como era possível que alguém passasse por tantos contratempos e ainda continuasse com aquele sorriso no rosto;  essa parte de mim ainda toma um susto quando percebe que eu me tornei uma dessas pessoas. (como todo mundo um dia se torna, aliás; ou você conhece alguém que só tem alegrias na vida?) 

Essa ficha caiu quando, num almoço, depois de ouvir a história de um colega de trabalho (ou o que foi possível contar em uma hora) e pensar algo como "nossa, ele já passou por poucas e boas", contei a minha história e ele me disse a mesma coisa. A propósito, é só o que tenho ouvido ultimamente de quem se dispõe a me conhecer melhor.

Nunca vou cansar de dizer que a vida pode ser muito interessante. Acredito que a vida de qualquer pessoa dá um livro, e que o que faz a história boa não é tanto o que nos aconteceu, mas o que fazemos com o que nos aconteceu. Essa "elaboração interna" é trabalho nosso, pessoal e intransferivel, e determinante para nossa felicidade. Tenho feito o possível, e visto muita gente fazer bonito.

Para essas pessoas - e em especial para um moço de 27 anos - eu dedico esse texto.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

TRECHO DA ENTREVISTA DO CONTARDO CALLIGARIS (REVISTA LOLA, FEV 2011)

Já comentei sobre essa entrevista por aqui. Infelizmente ela não está disponível na net. Mas faço questão de publicar um trecho, especialmente para minhas amigas (e  amigos) que querem uma relação saudável:

"Existe uma idéia, da qual discordo muito, que é aquela de que o "dar certo" de uma relação se mede pela duração. Acho maluco pensar que uma união dá certo porque dura. Ela dá certo pela sua qualidade. Uma relação que dá certo é aquela na qual cada um dos dois potencializa os desejos do outro. Não apenas desejo de transar, mas desejo em geral.

Um sinal de que uma relação está engajada em um caminho perigoso é quando um dos dois começa a apontar no outro a razão de uma série de renúncias. Isso até pode funcionar e durar uma vida inteira, a final é importante ter alguém a quem possamos acusar por nossos fracassos. Mas não acredito que uma união desse tipo possa ser definida como de sucesso. Uma relação que dá certo é aquela em que o outro me torna mais capaz de fazer o que eu desejo. Em que o outro me autoriza  a fazer o que eu desejo mais do eu mesmo me autorizaria."

(...) 

"Não quero ser feliz porque prezo a experiência na sua variedade e intensidade. Interessa-me viver o que a vida dá em sua plenitude (...) Quero viver a complexidade de emoções e sentimentos que faz a riqueza da experiência humana"

Beijo a todos!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MAIS UMA DA SÉRIE "DIÁLOGOS" ou CONVERSA COM O AMIGO GAY ou A NEURA NOSSA DE CADA DIA

- Quem é ele?
- Ele quem?
- Eu sei que você quer falar de alguém pra mim.
- Como assim, "sabe"?
- Eu te conheço.
- Eu te odeio.
-  Eu te amo mesmo assim. Começa pelo "pior".
- Pior ?
- Sempre tem o lado ruim.
 - OK. 27 anos.
 - Isso é ruim?
 - Novo, né?
 - Claro. Estamos falando de você. Você gosta de homens mais novos, eu já aceitei isso, você não? Que mais?
 - Carinha de 18.
 - Certeza? Você viu o RG dele?
 - Pára, que RG!
 - Tá. 27 com corpinho de 18, qual a tragédia?
 - E se eu parecer a mãe dele?
 - Bom, primeiro, você não VAI parecer a mãe dele. Segundo - e mais importante - você não É a mãe dele!

Eu amo meus amigos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MISS SIMPATIA


Quando a Gabriela tinha poucos meses, meu irmão falou para uma amiga da minha mãe: "Olha, você precisa conhecer a Gabi. Ela nem é assim tããão bonita, mas é a criança mais simpática que já vi".

A princípio não gostei de ouvir "Ela nem é assim tããão bonita"  - mãe é tudo igual  - mas, pensando bem,  a simpatia dela é muito maior que a beleza.

Desde recém nascida ela se atira nos braços de todo mundo com um sorriso. Quando, aos dois anos e meio, a levei para meia dúzia de escolinhas a fim de escolher a mais adequada , em todas ela parou, se sentou no meio das crianças e disse: "Oi. Meu nome é Gabriela" e começou a falar.  E, em todas as vezes que a chamei para ir embora, ela respondeu: "Não, mamãe. Vamos ficar. Gostei daqui".

Fico encantada com  sua capacidade de fazer amizade com qual-quer pessoa que cruze seu caminho: o guardador de carros, o funcionário do banco, a criança de rua. Quando a levo para alguma oficina de férias para crianças, ela diz: "Mamãe, vou fazer amizade", como quem diz: "Observe os bons". E logo engata uma conversa com alguém. E se não é ela quem puxa assunto com as pessoas, são as pessoas que puxam assunto com ela, ou a cumprimentam com a maior naturalidade, a ponto dela me perguntar um dia desses: 
- Mamãe, esse moço está bravo?
- Não sei, por que?
-  É que ele não falou "oi" pra mim.

Ou, outro dia, num restaurante: o garçom perguntou sobre o pedido para os adultos e quando saiu para providenciá-lo, Gabriela virou pra mim, indignada:

- Mamãe, você viu? Ele nem olhou pra mim!

Mas é claro que depois ela fez dele seu melhor amigo. Como sempre, aliás.

Quando é assim,  eu penso, de verdade, duas coisas: "Ser mãe é o verdadeiro paraíso" e  "Quero ser assim quando crescer".

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A ARTE DA ACEITAÇÃO

A última vez que precisei de terapia foi quando meu último namoro longo (por longo entenda-se mais de dois anos) terminou. Recorri a uma terapia breve porque não conseguia virar a página. Logo eu, que faço jus a fama de "partir pra outra" rapidamente. No meio dessa terapia (que durou três meses) aconteceram duas coisas improváveis: 1. Voltei com o namorado; 2. Descobri que ele era um psicopata digno de filme de terror.

A parte mais difícil dessa história foi entender "o que" ele era e "porque" tinha agido como agiu. Para aceitar seu comportamento, precisei estudar o perfil de um psicopata e enquadrá-lo, da mesma forma que se faz com um fato criminoso: se o fato é "tipico", isto é, se se enquadra no tipo penal, é enquadrado como crime. (e aí fica-se  feliz, com um alívio momentâneo, da mesma forma que acontece quando se coloca uma coisa no seu devido lugar ou se encontra a resposta certa para a palavra cruzada)

Mas voltando: numa das seções, enquanto eu compartilhava meu "estudo" e minha "conclusão" com a terapeuta, ela me disse: "Você está fazendo tudo isso para aceitar os fatos, aceitar a situação, não é? Então porque você não aceita direto, mesmo sem entender? O importante é que você aceite o que aconteceu."

"Como se fosse fácil", pensei. Mas esse dia essa mulher me deu uma das maiores lições da minha vida: a lição da aceitação, tão apregoada pelas religiões.

Aliás, foi muito interessante ouvir isso de uma psicóloga, uma profissional que usa a razão, porque ela me disse a mesma coisa que me dizem meus mestres, e me diz a minha religião: aceite o que a vida lhe oferece, de bom e de ruim.

OSHO, com quem eu tenho um caso de paixão e devoção (e sempre consegue me emocionar) diz: "A celebração é incondicional; eu celebro a vida. Ela traz infelicidade, ótimo, eu a celebro. Ela traz felicidade, ótimo, eu a celebro. A  celebração é minha atitude, não condicionada àquilo que a vida traz"

Quem ler esse texto pode pensar que talvez eu esteja passando por uma situação dificil nesse exato momento, ou de difícil aceitação. Mas posso assegurar que não: o que acontece (e que me fez lembrar disso tudo) é que esse "princípio da aceitação" pode (e deve) ser aplicado nas pequenas coisas dessa vida também. Pequenas coisas que costumam sugar nosso tempo e energia desnecessariamente.

Por exemplo, aquele cara tão gracinha diz que vai ligar e não liga. Diz que adorou você e  sua atitude não convencional, quer te agarrar e blábláblá. Você acha lindo e acredita, só que ele não liga. E aí? Adianta você gastar seu tempo e energia se perguntando por que diabos ele não ligou? Se ele conheceu outra pessoa, se assustou com seus escritos ou falou coisas só pra te agradar, que diferença faz? Seja qual for o motivo, ele não ligou. Ele não está interessado o suficiente. E é só isso que você precisa aceitar. E (só) isso deve ser o suficiente para você desencanar.    

Nunca vou me esquecer: num momento em que eu era "a gostosa" da turma, me apaixonei por um nerd. Como  ele não quis namorar comigo, conclui que tinha medo de se envolver. Que pretensão a minha! De onde eu tirei essa conclusão? Só  porque EM TESE, naquele momento,  eu fazia mais sucesso com o sexo oposto do que ele, ele tinha que estar interessado em mim? Ele não estava a fim de mim e ponto final. É preciso aceitar. É bem simples. E também não é o fim do mundo. É como eu já disse por aqui: a vida pode ser bem simples e bem boa. É só a gente querer. E aceitar o que ela trouxer, claro.   

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O CARNAVAL NOSSO DE CADA DIA


Meu nível de glicose subiu depois que li meu último texto "Bom dia pra vocês". Moça melosa e carente essa!

Mas costuma ser assim quando uma história termina (por mais curta que seja). É preciso abrir o coração para receber apoio e blábláblá - estou ficando repetitiva.

Quanto ao Carnaval, ainda não sei o que fazer, mas acho que vou recusar o convite pra Ouro Preto.

Estive lá em janeiro de 1998, com meu então namorado. Não explorei a cidade tanto quanto gostaria, mas adorei sua estética, seu clima, suas raízes.  Esse lugar tem fama de ter dos melhores Carnavais do Brasil, e deve ser mesmo: esse esquema de ficar em república de estudantes é perfeito, só que  depois de cursar duas faculdades e viver intensamente esse esquema de dormir mal e beber bem, não sei se ainda tenho o pique pra isso.   

É engraçado: adoro beber e adoro beijar (não nessa ordem), mas simplesmente não vejo muita graça em ter essas duas coisas à vontade durante quatro dias, vinte e quatro horas.

Tudo tão facilitado assim perde a graça. E o mistério? E a procura? E os percalços no meio do caminho?

Os foliões que me desculpem, mas às vezes  acho o Carnaval coisa de gente reprimida. ( da mesma forma que algumas baladas, que chegam  a me deprimir)

Eu não preciso de desculpa pra agarrar alguém, desde que role um clima dos bons, assim como não preciso de uma super razão para tomar umas, se estiver a fim (e puder, claro)

E no  Carnaval, para a mulher, há uma desvantagem: os caras se acham no direito de chegar chegando e pesando, com todas as suas mãos. Resultado: até aquele que pode (e deve) ser interessante e gente fina, vira um babaca.

Então talvez eu apenas tome uma cerveja com meus amigos, minha família e  minha princesa na beira da piscina e deixe para viajar num feriado menos óbvio, para um destino menos óbvio. E sozinha, de preferência.

Porque um "Carnaval" assim tem tudo para ser muito melhor.

BOM DIA PRA VOCÊS

Sinto-me cada vez mais próxima dos meus leitores e seguidores; meus amigos visíveis e invisíveis.

Eu quero vocês aqui, bem pertinho de mim! Às vezes tenho vontade de dividir tudo o que acontece, mas tudo não dá, né? Não, tudo não.

É que hoje estou com uma vontade enorme de colo...Por sorte, enquanto escrevo, a Gabi penteia meus cabelos. É uma boa forma de me preparar para essa quinta feira, com tanto trabalho a minha espera.

Sinto-me mortalmente cansada, contando os dias para o Carnaval. O fim de semana parece muito pouco. Devo viajar? E pra onde ? O que seria capaz de me revigorar? O "melhor beijo do mundo", talvez?

Essa última parte eu explico depois. Ou não. Bom dia pra vocês.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PROCURA-SE UMA RELAÇÃO SAUDÁVEL



Na verdade uma relação saudável não se procura, se acha. Uma relação saudável a gente encontra, ou melhor, a gente atrai, a partir do próprio equilíbrio interior.

Mas o que a gente tem mania de procurar muitas vezes, sabe-se lá por que, é encrenca, sarna pra se coçar, emoções fortes, muitas vezes destrutivas. E quem procura........Mas por que agimos assim, hein?

Será que não dá pra pular de pára quedas, bung jump, mudar a decoração da casa, pintar o cabelo de vermelho, ir pro Hopi Hari? Melhor, será que não basta freqüentar o Centro Espírita, curtir as festinhas infantis e as descobertas da filha, jogar capoeira, fazer o trabalho direitinho, vencer o medo de dirigir, fazer aquela viagem? Mas não, tem que sair com homem comprometido, ciumento demais ou psicopata. Fortes emoções.

Há algum tempo me dei conta, e já escrevi por aqui: ando mais feliz. Avaliando minha trajetória, penso que, depois de poucas e boas que vivi (procurei e achei, certo? ) cansada de tanto drama e miséria emocional, acabei encontrando um certo nível de contentamento interior que faço de tudo pra manter.


Mas de verdade eu penso que serei bem mais feliz quando conseguir dar menos importância às relações amorosas e suas implicações (temo que isso só aconteça por volta dos meus setenta anos)

Porque romance, sexo e jogo de sedução podem até ser das melhores coisas da vida, mas consomem muita energia. E quando a gente sai do eixo e por qualquer bobagem cai no desequilíbrio, sempre se pergunta: vale a pena?


Será que não dá pra ter um pouco de equilíbrio nesse troço, peloamordedeus? Um encontro leve entre duas pessoas que estão apenas se conhecendo? Ué, se não combinar vai ficar a tentativa, as boas lembranças e quem sabe a amizade.  

E aí a gente vai poder rir muito do drama que fez.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Patrícia" ou "Quando ele não se importa"

Muitas pessoas que aparecem no Ministério Público querem apenas atenção. Nesses casos nada podemos fazer a não ser ouvi-las e encaminhá-las ao lugar correto para atendimento.

Patrícia é uma dessas pessoas: aparenta quarenta e poucos anos, tem aspecto sofrido e briga pela guarda da filha. Sua saúde mental também é discutivel. Como a trato bem, toda semana ela arruma uma desculpa para falar comigo.

Hoje ela apareceu no exato momento em que eu não conseguia atenção de uma pessoa específica; eu me sentia angustiada e carente, sem ter uma razão lógica para isso. Havia tentado uma comunicação que se revelou infrutífera o dia inteiro, e quando ela chegou eu estava no auge da minha irritação. Fui fria:  expliquei que não poderia ajudá-la, seu problema não era da minha alçada. Ela que se dirigisse ao departamento competente, como eu já havia explicado diversas vezes anteriormente.

Meu lado racional ficou satisfeito, afinal, eu havia sido profissional. Mas meu coração ficou um pouco triste.   (ele é muito mais sábio que a minha mente e mesmo sabendo disso, às vezes teimo em não ouvi-lo)

É que meu coração sabe que eu tenho cinco minutos para ouvir essa mulher. Eu tenho. E ele sabe também que se eu parar para ouvi-la (da mesma forma que páro para ouvir minha filha quando ela faz birra) a angústia dela vai se dissolver e - pasmem! - a minha também. E assim  ele - meu coração - vai poder se abrir para receber o apoio de que precisa. (eu li em algum lugar: se você teima em procurar apoio em um único lugar  - ou em uma única pessoa - e não consegue, então você está procurando no lugar errado)  E assim eu comecei a me sentir como se tivesse desperdiçado uma grande oportunidade.

Fiquei a pensar como esse "apoio" de  que  precisamos pode estar em todos os lugares, desde que a gente se permita recebê-lo. E me dei conta de que mesmo que você não tenha loucos que precisem de você no seu trabalho, ou uma criança de cinco anos que corra pra lhe abraçar quando você chega em casa, ou ainda uma roda de capoeira,  um blog pra escrever, um amigo com saudades; mesmo sem tudo isso, se seu coração estiver receptivo, o cara da recepção vai dar um tchau mais caloroso, o chefe vai oferecer carona, o amigo vai ligar. E você vai se sentir melhor com essas "pequenas grandes coisas", porque no final das contas todos  queremos ( e precisamos de, e merecemos) atenção.

Mas eu só pensei em tudo isso depois.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

FEVEREIRO

Sem internet em casa e sem escrever no blog, minha sensação é de que meus "textos-pensamentos" se acumularam na minha mente a ponto de eu não saber o que fazer com eles.

Fevereiro chegou me atropelando, não só com questões práticas sobre horários, escolinha e material escolar, mas principalmente com pequenos acontecimentos (ou encontros) que acabaram tomando grandes proporções, ao menos na minha singela cabecinha.

Ainda não sei como processar isso, muito menos como falar (ou escrever) sobre isso.

O que eu sei é que desde que aquela nuvem negra saiu da minha cabeça, há uns bons meses, não  consigo parar de pensar em como a vida pode (e deve) ser interessante. E em como existem pessoas interessantes nessa vida (algumas dá vontade de etiquetar:"bom demais para ser verdade") 

É como disse o Contardo Calligaris na revista Lola desse mês (entrevista imperdível): "O que faz a vida valer a pena é a diversidade de coisas vistas, conhecidas e tentadas"

De qualquer maneira, esse post é apenas para dizer que, apesar da minha incapacidade de transmitir o meu estado de espírito no momento, sofro de crise de abstinência por ficar tanto tempo longe daqui, longe de vocês.

Saudades, saudades.

Voltei.