segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CAFÉ COM FRASE

"A vida é como andar de bicicleta: para estar em equilíbrio, é preciso estar em movimento." A. Einstein

Essa frase não saiu da minha cabeça e tive que postar (do perfil do amigo do meu amigo)

LÚCIFER

Nem com chifres visíveis, nem pintado de vermelho: ele chega com cara de anjo. Tem bons modos, propaga boas intenções.

Vive à espreita, procurando campo fértil para instalar-se : uma alma vulnerável, um jardim sem dono e lá está ele, posando de herói, de salvador da patria. Alastra-se tal qual erva daninha, devastando tudo ao seu redor.

E por causa de sua manipulação e de seu verniz de altruísmo e dedicação, não se percebe que ele drena a terra a fim de roubar-lhe os frutos; e por onde passa, as flores murcham e os animais fogem assustados.

sábado, 28 de novembro de 2009

Hoje tem o Bazar de Artesanato da Malota. Adoro !


Essa foto é de um bazar em Florianópolis

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

TENTATIVA

Gostei, mirei
Atirei, errei
Desencanei, cansei

FUI

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CURTINHAS DA GABI

- Mamãe, hoje eu vou naquele médico que faz chamada ?
- Chamada ?
- É, ele grita "GABRIELLA GOBATTO !"

....

Mamãe, eu quero ser médica !
Ah é ?
É, eu quero ser médica pra desanimar o ouvido !
Quê ?
É , desanimar o ouvido, colocar aquele aparelhinho no ouvido, pra ver como é que está !
Ah ! Não seria examinar ?

......

- Mamãe, eu preciso pensar se eu vou ser médica.
- Falando nisso, onde está aquele kit médico que eu comprei pra você ?
- Ah, eu não sei, mamãe, procura.
- Mas você é quem tem que saber onde está. Por que eu quem tenho que procurar ?
- Porque às vezes você sabe das coisas, mamãe. E às vezes, você não sabe das coisas.

Ãh ??!!??

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A PRIMEIRA DA SÉRIE A VIDA NÃO É FÁCIL

Ela está solteira: livre, leve e solta. Já se recuperou do último baque, a fila andou e a vida voltou a ser boa, mas ainda é cedo para se envolver com alguém. A vida é mais que isso, tem que ser - pensa.


Decide, então, ir mais devagar, mas como é humana (e também não é de ferro ) começa a sentir falta de uma boa pegada, de uma barba por fazer (existe coisa melhor?), daquele olhar "ainda te como" que só os tarados de plantão sabem lançar.


E agora ? Quase não sai de casa, baladas nem pensar, e sair com alguém do trabalho quase sempre é uma roubada. Como na solteirice nunca se escapa de um balanço, pensa nos homens que fizeram parte de sua vida. Da maioria não quer nem se lembrar, mas existem aqueles que deixaram saudades.


Dentro dessa última categoria há os que estão sempre sondando o território, passando uma mensagem - sutil ou explícita - de que estão disponíveis (para ela e para todas as mulheres do universo)


E foi assim que ela se pegou considerando a possibilidade de uma seção remember, no melhor estilo"recordar é viver". Afinal, trata-se de um território relativamente conhecido: já existe uma história,uma química. E se ele continua por perto, sondando uma reprise - e as vezes insistindo - é porque também deve ter boas lembranças ou um mínimo conhecimento sobre mulheres.


Esse homem sabe que elas adoram - aliás, precisam - ser desejadas, e que se continuar demonstrando claramente que a deseja sem cair na vulgaridade, tem grandes chances de conseguir o que quer, seja o que for.


Mas.... e se ela olhar pra ele e não sentir as pernas bambas, e se ela pensar que ele não é mais "tudo isso" ou "tudo aquilo" - afinal, faz tanto tempo ! Pior: e se ele olhar pra ela e pensar que não está mais tão bonita, ou tão gostosa ? E se ele for com muita sede ao pote, sem saber se ela está no clima ? E se não pintar um clima ? E se não rolar ? E se, nesse último caso, eles não tiverem o bom senso de simplesmente dar risada da situação, pensar que isso não é nenhuma tragédia e tomar uma cerveja em homenagem aos velhos tempos ? E pode acontecer também de alguém se apaixonar, já pensou ?

Ah, não é fácil. Mas se fosse fácil, que graça tinha ?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eu não vou parar de te olhar


Parte publicável do ensaio sensual que fizemos para um trabalho da faculdade.
Fotógrafo: Giba.
Bons tempos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Café Confissão

Se releio o post, quero reescrever.
Se vocês não comentam, penso que não gostaram.

domingo, 22 de novembro de 2009

Gabriela, tagarela, adora a Cinderela


GABRIELA

De Jundiaí a São Paulo, ela – na tagarelice dos seus quatro anos - não deu um pio. Ficou olhando pela janela o tempo todo.

Eu a observava e parecia me olhar no espelho: quando viajo - seja perto, seja longe - escolho uma janela e tenho à mão um livro ou um MP4 para fugir de conversas desinteressantes. Pensei em Chico Xavier, que ao visitar os detentos, jamais falava sobre religião
: "não poderia aproveitar-se do fato deles estarem atrás das grades para dar sermão". O raciocínio pra quem viaja ( e encontra-se preso temporariamente num ônibus, metrô ou avião) é o mesmo: ninguém deveria se aproveitar disso. (E falar alto, naquele tom que o ambiente inteiro escuta, deveria ser crime previsto no Código Penal) Sábio Chico.

Mas voltando à garotinha de quatro anos: essa parecia um adulto, olhando a janela e pensando na vida. Acredito que se encantava com as árvores, os carros e a estrada que parecia não ter fim.

Lá pela tantas, ela me disse: “Está demorando, mamãe”.

Quando chegamos, ela largou minha mão e se atirou nos braços do pai.

E eu pensei que quando um casal que não teve filhos se separa, diz “Ainda bem que não tivemos filhos”.E quando um casal que teve filhos se separa diz “Ainda bem que tivemos filhos”.

De fato: sempre que um relacionamento chegava ao fim (e a gente sempre acha que é pra sempre), eu pensava “Ainda bem que evitamos filhos. Não era o cara, não era a hora” Não estou pregando que ninguém saia tendo filhos por aí. Mas me pergunto... Existe "o cara" ? Existe "a hora" ?

Não sei se foi com a pessoa certa, muito menos na hora certa; o que sei é que ter uma filha foi a melhor coisa que me aconteceu.

Gabriela veio (eu pensei que viria “cravo e canela” como a mãe, mas veio “branquela” como o pai) e foi como se eu tivesse encaixado a última peça do quebra cabeça, como se Deus me desse uma caixa de lápis de cor de presente e dissesse “Deixa o seu mundo mais colorido”. Foi o que fiz. E o melhor é que se não fica perfeito, não tem importância.

É verdade que não posso mais pegar minha mochila, ir pro Pantanal e ligar avisando quatro dias depois. Fazer um programa simples com os amigos já exige um certo malabarismo e às vezes é difícil até ler um livro ou assistir à um filme sem ser interrompida Isso sem falar no dia a dia, no vestir, no alimentar, nas contas a pagar.

Mas também é verdade que não dá pra esquecer aquela expressão que ela fazia (um misto de delicadeza e determinação) quando mamava no meu peito. E como eu chorei a primeira vez que ela disse “mamãe”. E aquele dia que ela acordou com o toque do celular, dançou na cama (de olhos fechados) e voltou a dormir. E quando o pai dela pegou na minha barriga e disse “chuta pro papai, chuta” e ela chutou na mesma hora. E quando ela perguntou: "mamãe, por que você está chorando ? Você quer alguma coisa que não pode ter?", parecendo a minha terapeuta. E quando disse, em tom confessional, que estava apaixonada.

Só eu sei o quanto minha filha me faz mais humana, menos suicida e mais tolerante: não dá mais pra sair chutando paus de barraca, pisando duro, batendo portas. Ao contrário, é preciso parar, respirar fundo, engolir sapos, contemporizar. Não é assim que se vive em sociedade ?

Fiquei mais alerta. E estar alerta tem a ver com felicidade, que por sua vez, tem a ver com simplicidade. Se você parar e simplesmente prestar atenção, vai ver que o mundo é um lugar muito, muito interessante.

E naqueles dias em que dá tudo errado, chego em casa e agarro aquele corpinho macio que ainda cheira leite, e aquela voz de criança tagarelando sobre as descobertas do dia cura todas as minhas dores.

Ela se vai com o pai, os dois de mãos dadas se misturando na multidão.

Penso que tenho dois dias só pra mim, pra bater perna, badalar, ficar só, tomar um banho de banheira com uma taça de vinho tinto. E sem culpa.

Só dois dias, e depois começa tudo de novo. Ainda bem.

sábado, 21 de novembro de 2009

CAFE CURTO

Você me toca, o chão me falta
Está escrito na minha testa em neon vermelho: TE QUERO
Mas eu nego

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MEU ETERNO SONHO DE CONSUMO


FICÇÃO

Ele a vê e pergunta : "Você estava falando de mim naquele texto ?
E ela , embasbacada : "Que texto ?"
"Aquele texto que você diz que não quer se apaixonar."
"Eu disse isso ?"
"Disse, eu li."
"Você lê meu blog ?"
E ele : "Responde, você estava falando de mim ?"
Incapaz de falar, de mentir, de raciocinar , ela faz que sim com a cabeça.
E ele a beija.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CAFÉ COM FRASE

"Ah, Carla, você viveu uma novela"

(Danillo, depois de ouvir a minha história dramática - e verídica.)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

FAZER AMOR

Como você se refere ao ato sexual ? Reformulando a pergunta, você diz : Dar uma ? Transar ? Trepar ? Comer ? Foder ? Fazer amor ?

No direito se diz “coito”, olha que bonito. Alguns usam “ficar junto”. Na minha época ficar junto era beijar na boca.

Uma vez eu ouvi de um ficante: “Vamos ficar juntos” ? E eu: “Mas nós estamos juntos”. E ele: “não, vamos ficar mais juntos”. Foi aí que eu entendi.

Marcelo Rubens Paiva me influenciou. Devorei “Feliz Ano Velho” aos 15 anos e me apaixonei por ele – que clichê. E quem leu sabe que ele só diz “transar”. Transa pra cá, transa pra lá. E eu passei a imitá-lo. Tão natural, tão simples.

Tudo ia bem, até que dizer "transar" começou a ferir os ouvidos de alguns namorados mais sensíveis. Eles queriam que eu dissesse “fazer amor”. E assim percebi que nunca gostei dessa expressão. Ela me soa falso, e é de uma breguice – ao menos pra mim – só perdoável aos apaixonados.

Em alguns filmes americanos, um “make love” ainda vai. Acho lindo quando a mocinha olha nos olhos do cara, toda vulnerável e diz “faz amor comigo” ou melhor, “make love to me”. Mas nos filmes nacionais já não dá tão certo. Lembra do Wagner Moura falando pra Alice Braga em Cidade Baixa: "Vamos fazer um amorzinho gostoso" ? Ela era uma prostituta que dava pra ele, pro melhor amigo dele e pra torcida do Corinthians. (Alias, do Flamengo, que o filme se passa em Salvador) Não, fazer amor não.

Mas tem pior. Lembro como se fosse hoje, estávamos eu e meu - então - namorado discutindo a relação, quando ele solta a pérola "não, mas eu nem estou falando da “foda” em si”. Quê ? Foda ? Como assim ?

E pra terminar o capítulo “cavalheirismo”, um dia recebi o seguinte e-mail de um leitor “ Olá, meu nome é Marcos. Li seu livro na biblioteca pública e adorei. Você escreve muito bem, e queria te conhecer pessoalmente, pois, pelo que escreve, acho que deve foder bem gostoso."

(Às vezes acho que os homens que me lêem se dividem em dois: os que acham que eu sou uma ninfomaníaca e os que têm certeza. E por que isso ? Porque eu falo de sexo ? Ah, pára !)

Mas enfim..Dar uma, transar, trepar, comer, foder, fazer amor, whatever, tanto faz...O que importa é que é bom pra cacete.

domingo, 15 de novembro de 2009

INDIFERENÇA

Se você
matar
morrer
ou casar
Pra mim tanto faz

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

NO IPOD .............LENINE

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Ate quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára ...
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara ...
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
e a loucura finge que tudo isso é normal
Eu finjo ter paciência ...
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência ...
Será que é tempo que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo pra perder ?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara Tão rara ...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei
A vida não pára
A vida não pára não

O HOMEM PERFEITO

Se você procura o homem perfeito, saiba que, na melhor das hipóteses, terá histórias engraçadas pra contar. Mas fique atenta: essa busca também pode acabar mal, muito mal.

A princípio você pode se encantar com esse homem que abomina futebol e a acompanha sorridente à Rua 25 de Março, abrindo caminho pra você na multidão. Ele segura suas sacolas e espera - sem reclamar - enquanto você escolhe um brinco. (Nós mulheres sabemos o quanto isso pode demorar.)

A cada quinze minutos ele envia um torpedo dizendo o quanto você é maravilhosa. Manda flores sem motivo e um belo dia chega com um embrulho e um cartão dizendo “Para o amor da minha vida”. É aquele vestido que você adorou, mas não teve coragem de comprar. Que maravilha.

Naqueles dias que você só pensa em sexo, ele está lá para o que der (com o perdão do trocadilho) e vier. Mas se você estiver na TPM, ele vai apenas lhe cobrir de carinhos e chocolates, sem exigir nada em troca. Ah, esse homem nunca vai admitir que você engordou, mesmo que a balança - e suas roupas - digam o contrário.

Como se não bastasse, ele aposenta aquela camiseta regata que você odeia e cuida para não cometer erros de português, porque sabe o quanto isso a irrita. Parece bom ? Pois saiba que nada é assim tão fácil.

Um dia você clica na pagina dele no ORKUT e percebe que tudo está diferente: os amigos, as fotos, os recados. As preferências musicais dele mudaram de hard core para Vanessa da Mata e se antes ele não lia nem bula de remédio, agora está na comunidade “O caçador de pipas – li e amei” , além de citar Drummond, Mário Quintana e até aquele poeta que só você conhece – o Ulisses Tavares.

Vocês saem pra jantar e ele nunca escolhe o lugar, por mais que você insista. Sempre a acompanha, seja no vinho, na cerveja ou no suco de laranja. Você pergunta sobre os shows que ele costumava ir, sobre aquele jogo de vídeo game que ele queria comprar, mas ele desconversa, com um sorriso e uma resposta pronta: agora, para ele, só importa você.

Firme no propósito de agradá-la, ele muda o horário de trabalho para passar mais tempo ao seu lado, faz matrícula na sua academia, vira sócio da biblioteca que você frequenta e não faz mais na-da sem a sua companhia, afinal, "não tem graça". Se você deixar, ele a acompanha no café com as amigas, decide o cardápio da sua casa, opina sobre a educação de seus filhos e até na sua relação delicada com o ex marido.

Autoritário sem parecer, o garotão (com quem você só queria dar uma volta) se transforma no "homem ideal" e vai ocupando todos os espaços da sua vida.

E você ? Ignorando os sinais óbvios de que se relaciona com um personagem, vai levando - e cedendo: não sai mais com as amigas, desiste daquela viagem que planejou fazer sozinha e guarda no fundo do armário os vestidinhos de verão - aqueles, que são a sua cara - porque ele tem ciúmes.

Pensa que tem sorte, afinal, sempre ouviu dizer que os homens são insensíveis e nada românticos, o que não é o caso, absolutamente, do seu namorado , que mais parece um escravo.

Você não percebe que nessa situação a escrava é você. E que esse era o plano do Sr. Perfeição desde o início.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

2009

Eu sei que é cedo pra isso. Ainda falta o quê, 50 dias para o ano acabar ?
Na verdade não existe essa de "Ano Novo". A gente recomeça toda hora.
Mas ainda assim, gosto de datas. E elas interferem, antecipam minhas crises.

Novembro começa e eu já penso em festas, Natal, Ano Novo. E o balanço é inevitável.

Foi engraçado olhar uma página da minha agenda que diz: "micos do ano".

Não pude deixar de pensar que os micos foram muitos, mas um, em especial, ganhou de todos.

Mas me fez crescer.

Esse ano tocaram minha ferida, envenenaram minha alma, embrulharam-me o estômago.

Mas os que me amam verdadeiramente estavam lá para me ajudar.

E ajudaram.

Graças a eles pude encarar a realidade.

Saí do papel de vítima e levantei os olhos para o alto.

E descobri que só tenho a agradecer.


Se foi preciso dormir com o inimigo para descobrir que sou feliz, paciência.

Que venha 2010.