domingo, 12 de junho de 2011

DIÁRIO DE UMA PAIXÃO

Deixei para última hora, mas não posso deixar de indicar esse livro do meu amigo Ulisses Tavares para os namorados e apaixonados! Um livro interativo, delicioso, que tive a felicidade de ter e a infelicidade de vê-lo rasgado em mil pedaços (será que um dia conto essa história?) De qualquer maneira, tive que me desapegar dessa história amorosa.

Aliás, desapego tem sido a minha lição de todo dia. Mas ainda assim acredito que vale (sempre) a pena contar uma história de amor. Fica aqui a dica.



E para não perder o momento "Ulisses Tavares", vou fazer uma propaganda e uma auto promoção: o livro "Quando nem Freud explica, tente a poesia", organizado pelo Ulisses, tem poemas de autores conhecidos e consagrados e também de reles mortais, como essa que vos escreve (sim, poemas meus!). Vá lá:

 



http://ulissestavares.com.br/?page_id=21

sábado, 11 de junho de 2011

PARA O DIA DOS NAMORADOS

Nada mais apropriado que este texto do Artur da Távola para o dia dos namorados...


...



Aos que não casaram,



Aos que vão casar,


Aos que acabaram de casar,


Aos que pensam em se separar,


Aos que acabaram de se separar.


Aos que pensam em voltar...



Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.

O AMOR É ÚNICO,

como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.



A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,

A SEDUÇÃO

tem que ser ininterrupta...



Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia

SER ETERNA



Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.

Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,

RESPEITO.

Agressões zero.



Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver

BOM HUMOR

para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.

Tem que saber levar.



Amar só é pouco.

Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.

Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.

Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.



Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.

Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.

E que amar "solamente", não basta.



Entre homens e mulheres que acham que

O AMOR É SÓ POESIA,

tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.



O amor é grande, mas não são dois.

Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.

O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.



Um bom Amor aos que já têm!

Um bom encontro aos que procuram!

E felicidades a todos nós!

Artur da Távola

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Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.



Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva,mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos,belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.



Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender;necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor.

Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.



Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?

De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.

Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.





Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre.

Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.



Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos) :não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.



Não tenha mêdo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade;não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;contar a verdade do tamanho do amor que sente.

Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo

do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança. Sem mêdo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.



Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito(a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.



Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

beijo a todos!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

MUDANÇAS


Eu, que já mudei tanto de endereço, estou me  mudando mais uma vez.

Mas não estou reclamando: gosto  de mudanças e todo o processo de desapego que uma mudança exige.

Gosto de deixar certas coisas para trás, de ter certa saudade do que ficou e principalmente da perspectiva de novos cenários.

Dessa vez nem é uma mudança assim tão grande: vamos para outra casa, para outro condomínio, que aliás fica perto do antigo. Mas ainda assim muda-se o caminho, mudam-se os vizinhos, mudam-se certos hábitos, muda-se a decoração.

A verdade é que tudo muda o tempo todo.  A casa, o endereço, a gente.

Ninguém é sempre o mesmo.

Quando páro pra pensar no quanto eu mudei, tomo um susto.

Mas o susto é ainda maior quando vejo que em certos aspectos eu continuo a mesma.

Mudar, para mim, quase sempre significa evolução.

Prefiro a mudança.