quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

UM DIA



Mesmo em Salvador, eu não consigo largar UM DIA, livro que ganhei de Natal da sogra mais divertida do planeta, a do meu irmao.

Estou meio puta da vida com o autor, que acabou de me apunhalar pelas costas, matando meu personagem preferido. Desculpem. O filme, baseado no livro, ainda esta em cartaz (e ainda nao vi) mas nao resisti. Afinal, a audiencia do blog nao anda la essas coisas, e estou com vontade de ser assim meio estraga prazeres. Estou de ferias - tambem - de ser politicamente correta.

Agora  terei que encontrar um tempinho, entre praia e piscina - vida dura, essa - para ir ao cinema, ainda mais que o filme eh estrelado por Anne Hathaway, pela qual sou apaixonada.

Sera que posso dizer que se trata de uma versao moderna, ou mais profunda, de Harry e Sally, so que menos engracada..`

De qualquer maneira, se voce tem mais de trinta anos e alguma sensibilidade, eu recomendo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FAZENDO AS MALAS

Se você não é das mais organizadas como eu, vale as dicas para arrumar mala que encontrei em http://www.efetividade.net/2007/01/23/como-arrumar-a-mala-parte-2-a-sequencia-de-insercao/



Vamos às dicas:

1.Não deixe para arrumar a mala no dia da viagem, mesmo que você tenha o dia livre e só vá viajar à noite. A memória e o subconsciente têm mecanismos delicados, e ao longo de uma noite de sono você terá condições de descobrir espontaneamento algo que tenha esquecido ou deixado de considerar ao arrumar a mala. Arrume e feche as malas na véspera, prevendo 5% de espaço para preencher com os esquecimentos – e você verá que serão vários. Aproveite e vá tomando nota das coisas que você só poderá colocar na bagagem na hora de sair, para poder conferir na hora certa.

2.Não arrume direto na mala. Como em tudo o que é feito de modo racional, planeje antes. Coloque em cima da cama todos os itens que deverão ser levados na mala, para ter idéia das quantidades e do equilíbrio. Agora revise e ajuste, levando em conta pesos, volumes, possibilidade de combinação e a demanda por cada uma das peças de roupas. Resista à tentação de incluir roupas para todas as contingências do tipo “mas e se…?”. Lembre-se de que você pode precisar de roupa de dormir, de roupa de praia, e que geralmente “gasta” mais camisetas do que calças e bermudas. Revise de novo. Só então é a hora de começar a colocar na mala.

3.Escolha sempre roupas versáteis, como camisetas que podem ser usadas durante dia ou noite, e peças de um mesmo grupo de cores, para poder combinar de maneiras diferentes. O viajante efetivo prefere as roupas feitas leves e resistentes, feitas de tecido que não amassa, como as microfibras, linha e algumas malhas.

4.Comece a mala pelas calças jeans, que devem ser colocadas no fundo, com as pernas completamente para fora da mala. Quando terminar a mala, coloque as pernas das calças jeans para dentro, “abraçando” as demais roupas – assim elas ficam com menos marcas de dobra.

5.Em seguida armazene os calçados, aproveitando os cantos. Coloque as meias dentro dos sapatos para aproveitar melhor o espaço e evitar que eles amassem com o peso da mala. Se ainda couber, coloque outras peças pequenas dentro de pequenos sacos plásticos dentro dos sapatos também. Cada par de sapatos deve por sua vez ser colocado em um saco plástico (ou de flanela, muito mais chic) para não sujar ou manchar as outras roupas, nem ser arranhado por fivelas e botões. O viajante efetivo leva na mala um sapato social, quando viaja de tênis, ou um tênis, se viaja de sapato social. Mais do que isso, em termos de calçados, só se estiver indo para a praia e quiser levar um par de sandálias.

6.Agora as jaquetas, bermudas e outras peças mais volumosas ou resistentes. Minimize o número de dobras, posicione os itens mais pesados próximos ao fundo, e prefira peças de microfibra ou outros tecidos que não ficam amarrotados.

7.Neste momento a mala já terá uma série de cantos e outros espaços não aproveitados. Preencha-os com roupas e acessórios miúdos, como peças íntimas, cintos, luvas, cachecóis, lenços, gravatas enroladas. Se tiver camisetas para usar informalmente, enrole-as bem (vai evitar marcas de dobra) e coloque-as também. Tente formar uma base uniforme e resistente, para receber a próxima camada.

8.Agora é a vez das camisas, camisetas e outras roupas que amassam. Abotoe todos os botões, dobre o mínimo possível, e distribua uniformemente. Para evitar dobras “retas”, que ficam mais marcadas, você pode tentar fazer a dobra ao redor de algum outro item macio, como uma camiseta enrolada – ao custo da eficiência no uso do espaço.

9.Mesmo que você não seja um gênio da moda, escolha calças, casacos, bermudas, camisas, cintos e sapatos que combinem todos entre si. Se estiver indo para algum lugar em que a aparência seja fundamental, escolha cores sóbrias (brancos, pretos, cáquis) para as roupas mais volumosas, e deixe a personalidade para as camisas e os acessórios (gravata, etc.)

10.Se tiver que colocar um paletó em uma mala comum, deixe-o por último. Vire-o do avesso e dobre em 4, colocando-o por cima dos demais itens da mala.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CONSULTÓRIO SENTIMENTAL



Encontrei hoje uma amiga que morou comigo em São Paulo nos tempos de faculdade. Desde aquela época ela era inteligente, linda e divertida, de modo que eu sempre me perguntei como podia estar solteira. (e quase sempre estava)

Quando quis saber sobre os "moços" (nunca resisto), ela me disse que estava quase partindo para o outro lado, tamanha a dificuldade em se relacionar com os homens. Eu, que nem sou assim tão boba, prontamente me candidatei. 

Sinto a mesma dificuldade (homens! como entendê-los?), mas não tive vontade de falar disso. Dessa vez, no lugar de encher o saco dos meus amigos (ou do meu irmão, a principal vítima) eu parti para a net, mais precisamente para o  consultório sentimental do Fabrício Carpinejar, que agora está no site http://www.superbem.com.br/ .

A idéia era apenas lembrar de que todos passamos por isso, sem exceção ( e ler textos divertidos e bem escritos, claro). Contos de fadas, só para a minha filha de seis anos e olhe lá.

Talvez essa preguiça de falar sobre o que incomoda numa relação seja o começo do fim, mas antes que comece a nóia "será que eu nunca vou encontrar alguém, etc, etc",  vou tratar de pensar nas férias, nos concursos, nas viagens, na família e em 2012, que tem tudo para ser melhor.

Férias, meu tema recorrente. Férias de expectativas, de paranóias, e se for o caso, férias de homens.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

MÃE NÃO TIRA FÉRIAS

Aquela sensação de liberdade foi embora no meu segundo dia de férias, depois da milésima solicitação da Gabriela .

Mas ainda assim consegui estudar (sim, nas férias) e fazer academia (duas aulas, pra compensar a falta de ontem)

Seria ótimo dar uma namoradinha pra arrematar, mas não sei se vai acontecer.

Enquanto isso, eu tento me acostumar com esse entra e sai de menininhas na minha casa.  A bagunça que elas fazem me deixa louca, e nem sempre consigo pedir com educação que arrumem.

Às vezes acho que não nasci para ser mãe, mas esse pensamento dura até o próximo sorriso da Gabi.

Então eu penso que ser mãe talvez seja a melhor coisa do mundo, mas como é bom quando eu consigo tirar umas  férias, inclusive de ser mãe.

Talvez seja pedir demais.

F É R I A S P R A E L A




Primeiro dia de férias, o que pode ser melhor ?

Acordar tarde, comer um pedaço de bolo que sobrou da festa com café preto (a combinação perfeita) e ligar a TV só para lembrar que é dia de semana.

Ficar de pijama no quarto admirando o presente que ganhou na noite passada. Não atender o telefone.

E na hora do almoço, rua.

O dia está lindo, ela compra a boneca que a filha quer, o último livro da Danuza Leão e almoça no seu restaurante preferido.

Se pudesse parar num café e ficar lendo as revistas seria o paraíso, mas não dá, então volta pra casa fingindo não ver algumas caras conhecidas (nessas horas sente falta de um óculos escuros que a proteja de perguntas como: "o que tem feito? Como vai sua mãe? Vai viajar?)

Desculpa, mas não dá. Depois de setenta e duas horas socializando, não dá pra continuar falando de festas, viagens e Natal. 

Recusa propostas indecentes (será que resiste?), não pira se ele não liga, não desce do salto quando....deixa pra lá. Desceu do salto, paciência.

Lê o livro "É tudo tão simples" e pensa que não vai emprestá-lo, nem para a melhor amiga. Isso aliás, já deu até briga, melhor nem falar.

É, nem tudo é tão simples, mas vale a tentativa.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

AINDA TEM DEZEMBRO

O blog fez aniversário, vários amigos fizeram aniversário, eu fiz aniversário.

Comemorei no fórum, comemorei com ele, ELE, comemorei em casa, comemorei  numa churrascaria.

O Tribunal deu recesso de final de ano, o Tribunal ampliou o recesso de final de ano.

Então eu ia viajar, depois não ia viajar, agora vou viajar.

E depois de uma segunda feira com cara de segunda feira até o último minuto, estou oficialmente de férias.

Ainda tem dezembro.

Na verdade, estamos apenas começando.

sábado, 3 de dezembro de 2011

FELIZ DEZEMBRO!!








Novembro passou me atropelando, mas mesmo assim encontrei tempo para cumprir uma promessa feita em janeiro de 2011: a famosa academia. Não vou dizer que é tarefa fácil acordar mais cedo,  levar mais bagagem para o trabalho (roupa de academia e toalha pesam, viu?), fazer  ainda mais malabarismo com meus horários e lidar com a culpa de estar malhando e não estudando. (quem estuda pra concurso vai me entender) Mas vamos combinar: saúde física e mental em primeiro lugar. Sem falar que "barriga zero" é minha palavra de ordem para 2012.

Se eu (ainda) não consigo "culpa zero" e "stress zero", que seja ao menos "barriga zero". 

Mas nem por isso (ou talvez exatamente por isso) deixo de me encantar com essa proposta lúdica da "Caraminholando" para o Natal 2012, que envolve simplicidade, minhas cores preferidas e minha paixão por chocolate e brigadeiro. É, estou pensando seriamente em deixar o meu Natal mais colorido e divertido, seja ele onde for...

E é com esse espírito e essa sede de encontrar novidades divertidas  que vou agora para mais uma feira de artesanato da Malota. (adoooro)

Lá vamos nós para mais uma correria de dezembro, que pode ser deliciosa desde que exista um certo controle sobre a ansiedade, excessos de todo o tipo e impulsos consumistas. (ou será que sou só eu que me perco e me deslumbro diante de tantas ofertas, presentes e possibilidades?)

Até mais tarde!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

QUERO CASAR COM SELTON MELO




Eu estou sem tempo, sem paciência e com uma conexão que me deixa histérica. Mas não posso deixar de falar de "O palhaço". E de Selton Melo. Sim, em algum lugar existe um cara talentoso, famoso, global e o escambal que arrisca assumir sua crise pessoal, existencial, profissional. 

A história de "O Palhaço" é a história da busca de cada um de nós. Benditos os que conseguem vivê-la com leveza. Benditos os que a transformam em poesia. Em alegria. Selton Melo faz essa alquimia.  

Ah Selton, que terapêutico é esse seu filme. Ele me faz rimar, não é de propósito. Você merece um texto bem melhor. Eu sei que posso fazer melhor que isso, mas não na condição em que me encontro. Uma pessoa apaixonada só consegue produzir textos açucarados. 

Como não se apaixonar por você e seu trabalho? Esse meu sentimento é coisa antiga, mas esse filme deu uma "potencializada". E  tenho certeza de que vai acontecer: vamos tomar uma cerveja num barzinho qualquer no Rio sem dar bola para os curiosos; rir muito, falar pelos cotovelos por horas, até que eu vou sacar meu celular e mostrar, já meio bêbada de cerveja, o post do facebook em que te peço em casamento.  E você , que vai fazer ?  

Beijar minha boca é um bom começo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ENTRE LENÇOIS


Revendo esse filme ontem, eu só pensava duas coisas:

1. Quero ter o corpo da Paola Oliveira. (Quantos milhoes de abdominais eu preciso fazer?)

2. Ele, ELE, parece o Reinaldo Gianecchini.

Como assim, será que estou louca? Mas o que eu posso fazer se eu o acho tão bonito assim?

Tá bom, vamos combinar: Ele LEMBRA o Reinaldo Gianecchini. Agora melhorou.

Talvez eu precise escrever mais sobre ele, ELE. Para tirá-lo do pedestal. Para deixá-lo ir, se for o caso.

Não é só a beleza. Mas o que eu vejo nele que me hipnotiza dessa forma?

Quem sabe um dia eu me canso de tentar descobrir. 

sábado, 22 de outubro de 2011

ASAS


Escrever nesse blog é uma forma que encontrei de estar só e ao mesmo tempo acompanhada.

Quando escrevo, o momento é meu. Preciso de silêncio e de concentração.

Quando compartilho, o momento é outro. É um movimento, aliás. Abro as portas e saio. Às vezes sob o sol, cabelos ao vento  -  a mesma frase do texto anterior, não por preguiça, mas porque gostei da imagem - às vezes no meio da tempestade, disposta a me molhar.

Vibro quando alguém lê o que escrevo, comenta ou participa de alguma forma dos meus textos. (e até me cobra, certo Sr. SAS?)

Mas se não aparecer ninguém por aqui, continuarei a escrever e a viver os meus momentos tão preciosos e terapêuticos.

Como se pode ver,  não sou a mais disciplinada das blogueiras. Talvez o que determine a quantidade do que escrevo seja a minha mente. (veja bem, eu escrevi quantidade, e não qualidade) Às vezes ela está tão louca, tão entulhada, tão cheia de lixo, que PRECISO escrever para não enlouquecer. È como disse OSHO:  "Ficar louco às vezes é condição para continuar são"

A propósito, foi por causa do que OSHO escreveu sobre polaridades em "Consciência", que resolvi escrever esse texto. Ele disse: " O homem de consciência e entendimento passa da periferia para o centro e do centro para a periferia. Ele nunca fica parado em lugar nenhum. Vai do mercado para o mosteiro, da extroversão para a introversão. Ele continua sempre em movimento, pois essas são as duas asas. Elas não estão uma contra a outra. Podem se equilibrar, mesmo estando em direções opostas. Elas têm de estar. O interior e o exterior de um homem são suas asas. (...)

"Eu gostaria que você   chegasse ao ponto de conseguir ficar tanto no mercado quanto num estado meditativo. Eu gostaria que você se relacionasse com as pessoas, amasse, tivesse milhares de relacionamentos porque eles enriquecem você - e ainda assim fosse capaz de fechar as portas e ás vezes tirar férias de todos os relacionamentos...assim poderia se relacionar com seu próprio ser. (...)

O homem de alegria é também um homem de silêncio. O homem extasiante é também um homem centrado. Essas duas coisas andam juntas. O equilíbrio é fruto da união dos pólos. E é esse o objetivo."

Aqui eu tenho o interior e o exterior, eu tenho o mercado e o mosteiro.

Aqui eu tenho asas. 

sábado, 1 de outubro de 2011

DEPOIS DAQUELA NOITE


Aquela noite ele estava especialmente bonito. Mais relaxado, mais descansado. "Entregue", talvez?
Aquela noite ele estava sereno, confiante, decidido. Será que eu posso dizer "feliz"?
Aquela noite não havia crise, pensamento, hesitação; havia desejo.
Aquela noite ele não tinha olheiras. Tinha um olhar que dizia: "Te quero".
Sim, era uma noite em que ele sabia bem o que queria, aliás, quem queria, e esse alguém era ela.
Foi então que aconteceu. E ela, que adora fazer o papel de mulher fatal, naquela noite foi apenas uma mulherzinha que adorou ser dominada, devorada, amada. Valeu a pena esperar, pensou.
Mas como nem tudo é perfeito, ele vem e vai; aproxima-se, afasta-se. Aproxima-se, afasta-se.
Quando ele está presente, ela usa vestidos longos, caminha descalça  sob o sol, numa praia imaginária, cabelos ao vento.
Quando ele falta, ela endurece e segue sozinha, ou nem tanto, porque veste preto, pinta a boca de vermelho e mira pra acertar. Acertar alguém que lhe dê aquele olhar "te quero", alguém que lhe tire a faca do peito ou simplesmente a faça parar de pensar se é hora de ir ou ficar, desencanar ou apostar, desistir ou confiar.
Ela sabe que amanhã vai ter que decidir: fazer as malas e ir? Ficar e esperar? Esperar até quando?
Amanhã ela decide. Hoje ela quer dar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

DANUZA LEÃO PARA MULHERES



"Poucos homens compreendem as mulheres: não sabem que muitas preferem ser desejadas  a ser amadas".

A frase é da Danuza Leão, no último capítulo da sua biografia "Quase tudo".

Recomendo enfaticamente essa leitura para todas as mulheres. Aliás, recomendo todos os textos dessa escritora, que consegue discorrer sobre os dilemas femininos com leveza, humor e profundidade.

Quando ganhei "Crônicas para guardar" de aniversário, há alguns anos, meu primeiro pensamento foi "Nossa, me deram um livro da Danuza Leão. Estão me chamando de fútil?"

Não sei se estavam. Mas prefiro acreditar que me conheciam tão bem, que apostaram "Esse vai ser o livro de cabeceira da Carla por um tempo" 

E foi. Até hoje tenho ciúmes de emprestá-lo.

O que sei é que quando se trata de Danuza, ela costuma ter razão. E que vivo repetidamente situações que me fazem pensar: "Poucos homens compreendem as mulheres: não sabem que muitas preferem ser desejadas a ser amadas".

Será que consigo dar detalhes nos proximos capítulos?


 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

AMIGOS E MENTE QUIETA

Ela, que inventou de trabalhar 30 dias seguidos, anda quase se arrastando. Será que consegue ir até SP e encontrar o amigo que veio a trabalho, de Florianópolis?
Será que todo aquele movimento da Avenida Paulista não pode sugá-la ainda mais, refletindo (e até potencializando) a sua mente inquieta e insana, que não lhe dá descanso?
É que quanto mais a mente da moça se ocupa com processos, inquéritos e concursos, mais acelera em relação a tudo o mais que merece ser pensado: nos cuidados que sua filha necessita, em como manter seus relacionamentos, nas contas a pagar e providências a tomar. Tudo se expande a ponto da moça constatar que não dá conta. Mas no meio da inquietação uma frase não sai da sua cabeça:

"A única coisa que você deve controlar é a sua mente"

"A UNICA COISA QUE VOCE DEVE CONTROLAR É A SUA MENTE."

Então ela faz uma pausa e respira fundo. Está indo em São Paulo para quê mesmo?
Para encontrar um amigo. Que amigo? Um amigo sagitariano, daqueles bem "zen", que, num momento em que ela perdeu o pai, o namorado e a sanidade, saiu de Florianópolis especialmente para encontrá-la.
A melhor palavra para descrevê-lo veio de sua amiga Fernanda Cury: "Ele é muito doce, não?"
É, Fer, ele é muito doce. 
De repente ir para São Paulo parece uma boa idéia.

Amigos e mente quieta, taí um bom começo.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Um poeta que se explica está se desculpando"
Mário Quintana


Aiaiai...escrever um blog pode ser complicado se a opinião (ou interpretação)  dos outros tiver um peso muito grande. 

Tudo bem que não escrevo ficção, mas isso aqui também não é um confessionário. Fotografo momentos. Sentimentos. É isso que eu faço. Ah, merda, estou me explicando.

Eu já devo ter dito isso, mas essa história de que “cada leitor é leitor de si mesmo” é a mais pura verdade.

Mas será que dá pra combinar assim: o que eu escrevo é responsabilidade minha; o que vocês fazem com o que eu escrevo é responsabilidade de vocês?

Então dá licença, que a pizza chegou.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Comer, rezar...amar amar amar



Posso estar errada, mas a impressão que eu tenho é a de que ele carrega muitas das dores desse mundo.

E tudo que eu quero fazer é tirar com a mão esse peso que ele carrega nas costas, e beijar uma a uma, todas as suas cicatrizes.

E então fazê-lo sorrir. E apresentar-lhe o paraíso sob o meu baby doll.

E só o que eu  consigo pensar é “se não for ele, que seja alguém como ele”.

...

Lembrei daquela cena de "Comer, Rezar, amar", quando a amiga da Liz Gilbert percebe que ela está perdidamente apaixonada e fica repetindo “Você tá ferrada, baby!". (...) "Mas você tá tão ferrada, baby!!?"

Eu tô ferrada.



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

BEAT ACELERADO



Uma vez, na revista TPM, uma repórter (que era a entrevistada) disse que a única maneira de dormir quando trabalhava como correspondente de guerra era beber até desmaiar. Algo como um litro de vodca. Depois era acordar, vomitar e voltar ao trabalho. E ainda deu a entender que essa era a rotina de toda a equipe. Entrevistas da TPM são mesmo imperdíveis. E relaxar depois de ver bombas explodindo e pessoas morrendo ao lado não deve ser mesmo nada fácil.

Feliz ou infelizmente, não existe em nós um “liga/desliga”. No máximo um “foda-se”, que pode ser muito útil, aliás, quando já não há nada a fazer. Mas ainda não inventaram a pílula – não que eu saiba - que nos faça desacelerar num passe de mágica.

E se não podemos contar com o “off”, como não encarnar o personagem do Michael Douglas em “Um dia de fúria”?

Claro que o ideal seria não chegar nesse estágio. A boa e velha atividade física ajuda. E também meditação, ioga, trabalhos manuais. Mas na hora do turbilhão cadê a disciplina, o cuidado, a organização? A criatividade? Vai tudo para o ralo, junto com o tal do equilíbrio.

E não é todo mundo que tem a sorte de ter um parceiro que chega nessa hora com um chocolate, um beijo, ou certa paciência com a nossa choradeira. Não é todo mundo que tem uma filha de cinco anos que diz “vem cá, que eu vou fazer um desenho pra você” e penteia seus cabelos enquanto descreve sua semana do “fonclore” na escola (e com aquele hálito delicioso de leite, exatamente como quando ainda era bebê)

Aliás, pode acontecer que justo naquele dia em que você não devia ter saído da cama, seu eleito esteja meio distante, ou simplesmente tão cansado quanto você e não perceba sua carência, nem seu cabelo novo. Um abraço já seria meio caminho andado, mas você, do planeta Vênus, está tão sobrecarregada que não consegue pedir. Pode acontecer também que sua filha esteja birrenta, exigindo toda sua atenção, enquanto tudo que você quer é correr até chegar na Groenlândia ou simplesmente assistir qualquer bobagem na TV que a faça parar de pensar.

E agora, José? Tudo bem que se fosse fácil, não teria a menor graça. Mas precisa ser tão difícil assim?

domingo, 21 de agosto de 2011

PARA FAZER COM UM HOMEM



Passar a mão nos cabelos. Passar a mão no pescoço. Passar a mão na barba por fazer. Passar a mão nos braços. Passar a mão na bunda.


Beijar o pescoço. Beijar a boca. Beijar a barriga. Beijar tudo. Esquecer tudo.

Comprar lingerie. Tirar a lingerie. Sentar no colo. Pedir colo.

Esfregar-se nele. Sentir seu cheiro. Sentir seu sexo. Falar “pára” querendo que ele continue. Falar “não pára”. Encaixar. Entregar. Mexer. Gemer. Acelerar. Gozar. Relaxar.

Olhar nos olhos. Contar segredos. Desviar o olhar. Esconder segredos. Sentir saudades.


Incentivar. Confiar. Elogiar. Blefar. Falar. Desabafar. Escutar.

Torcer pra ele ligar. Ligar.

Tomar café. Tomar cerveja. Tomar um vinho. Tomar chá de cadeira (só uma vez)

Engolir sapo. Engolir...

Conversar. Rir. Desejar. Provocar. Mandar uma foto nua. Mandar torpedos.

Controlar-se. Perder o controle. Convidar. Esperar. Aceitar.

Amar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

INSENSATA COMBINAÇÃO

Novela  é uma coisa engraçada: você pode não assistir um só capítulo, mas sabe o que acontece e o que vai acontecer. É claro que estou falando da novela das nove da Globo.


Impossível escapar das manchetes das revistas, das intermináveis chamadas, das discussões “produtivas” nos programas de televisão.

Já gostei de novelas, e ainda gosto do (autor) Manoel Carlos. Mas as mudanças bruscas que costumam acontecer no enredo e (principalmente) na personalidade dos personagens acaba com qualquer possibilidade de envolvimento por parte do telespectador ; assim que ele começa a se identificar
com um personagem, por exemplo, este vira outra pessoa. Quem é o personagem, aliás? Nem o autor sabe.


Essa obra “aberta” é tão aberta que se perde no meio (ou no início) do caminho. Mas o pior é a “criatividade” dos autores. É claro que uma boa novela que se preze vai tratar de conflitos familiares e desencontros amorosos, e às vezes, de um bom suspense. Mas “chupar” (desculpe, mas não foram referências) numa só novela, histórias como “ O Conde de Monte Cristo” (Gloria Pires e o vilão Léo); “Amor sem escalas” ( Tarcísio Meira e Ângela Vieira), “A Partida” (Lázaro Ramos e Milton Gonçalves na última cena) -  e isso porque eu devo ter visto uns três capítulos - sinceramente, não dá.

Assim, até eu.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DIA DOS PAIS

Minha meia dúzia de leitores fiéis talvez esteja cansada de um dos meus temas recorrentes: a minha relação com meu pai. ( Só para constar: do tema "sexo"eles não se cansam nunca)

Bem, esse ano eu não levei flores para o cemitério. Eu não prestei atenção na letra da música do Fábio Junior. Não, esse ano eu não chorei.

Apenas torci para o pai da minha filha cumprir a promessa de passar esse dia com ela, coisa que felizmente ele fez.

Não pude deixar de pensar que o "Dia dos Pais" não pode, nem de longe, ser comparado ao "Dia das Mães" comercialmente. E que isso reflete nossa realidade social: um grande número de  pais ausentes. E bota "ausente" nisso.

Então eu me limitei a agradecer o fato de ter tido não apenas um pai presente, mas o "o melhor pai do mundo"; o fato desse dia dos pais ter sido, apesar dos pesares, um dia muito agradável.

Não se trata de se contentar com pouco, mas de lidar com realidades.


É hora de crescer.

 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

EU NÃO ESTOU GRÁVIDA

Quando meu ex marido era meu namorado, ele tinha um amigo do qual eu não gostava. Eu não entendia a amizade deles, e tomava as dores do meu (então) namorado quando havia alguma divergência entre os dois.

No dia do meu casamento, esse amigo fez uma coisa que também não entendi, e eu escrevi um texto (bem malcriado) no meu antigo blog sobre isso. Depois me arrependi e tentei tirar o texto do ar, mas por um desses acasos que ninguém explica, minha internet deu pau e o texto permaneceu na net o suficiente para que o amigo, os amigos do amigo e a torcida do Corinthians lessem.

Em minha defesa, a única coisa que posso dizer é que estava grávida, e aproveito o momento para prestar aqui um serviço de utilidade pública: MULHERES GRÁVIDAS SÃO LOUCAS. É PRECISO QUE TODOS TENHAM PACIÊNCIA COM ESSAS VÍTIMAS DE HORMÔNIOS ASSASSINOS!

Dito isso, também devo admitir que meu orgulho não me deixou voltar atrás, e em razão desse orgulho tentei defender o maldito texto e seu humor negro. Eu e o amigo do meu (então) marido nos tornamos meio que inimigos declarados.

Não sei se por coragem ou covardia, o meu (ainda) marido ficou do meu lado; tentei esquecer o assunto. Mas eu sou o tipo de pessoa (orgulhosa e melindrosa) que não esquece e não  perdoa: nem aos outros, nem a si mesma.

Anos depois, fiquei sabendo que o amigo escrevera um livro. Na época eu estava me separando  e não dei muita bola para o assunto, não quis ler o livro quando meu  - então ex - marido me emprestou. Mas depois de um tempo, ao encontrar a obra na biblioteca, resolvi conferir.

Gostei muito, mas muito mesmo. Posso dizer que me apaixonei pelo livro e pela pessoa que escreveu aquilo. Aliás, quem era essa pessoa? Eu já não sabia.

O que fazer? Nada, a não ser tocar um tango argentino ? Não, eu também podia ser sincera. Pedir desculpas. Dizer que li o livro, que gostei.

Foi o que fiz. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.

Lembrei desse episódio, ao ouvir hoje à noite, de uma amiga querida, depois de um dia beeem difícil: "Relativize as coisas,  relações são refeitas." RELAÇÕES SÃO REFEITAS.

Só que eu não estou grávida dessa vez.

domingo, 7 de agosto de 2011

ATRAÇÃO PLATÔNICA

Ele é inacessível. Tanto quanto o Rodrigo Santoro ou o Brad Pit. É daqueles que tem uma relação estável (se for casado e com filhos, piorou) é fiel, tem juízo (alguém tem que ter), pertence a outro mundo social, tem um cargo importante, é seu chefe, seu professor, seu mestre de ioga, de capoeira, whatever: você sabe que não vai rolar. Você não tem chance.


Mesmo assim , rola uma receptividade da parte dele. Assim, na medida. Apenas uma brincadeira. Voce pode até ter sonhos eróticos com ele, mas como sabe que isso NUNCA vai acontecer, não tem stress, não tem crise. Então vocês se dão bem e se divertem com a situação que ninguém mais percebe. Que situação? A seguinte: 1. Voce quer dar pra ele; 2. Ele sabe, porque está escrito na sua testa, mas finge que não sabe. 3. Voce sabe que ele sabe e que finge que não sabe.


Essa situação pode até parecer desconfortável, mas não é, porque a tensão só se estabelece quando se espera uma atitude da outra pessoa, o que não é o caso aqui, absolutamente. Você, pobre mortal, mas dotada de um mínimo de inteligência se conforma e aceita o fato de que seu objeto de desejo é nada mais que uma fonte de inspiração.   E só o fato dele te dar uma bola de leve, que na verdade nem nem é essa bola toda, talvez ele esteja sendo apenas gentil e educado, mas só isso já é a suprema felicidade pra você.
.
Então tudo o que você precisa fazer é controlar seus instintos mais primários e manter uma distância segura; manerar nos sorrisos e elogios e nunca, jamais, puxar uma conversa pela internet depois de ter tomado a primeira taça de vinho. É assim que a troca de energia pode continuar rolando, de uma maneira discreta e segura , e serão todos os envolvidos felizes para sempre.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MAIS CURTINHAS

Engraçada a vida. Quanto menos você faz, menos você quer fazer.

E o contrário também é verdadeiro: quanto mais você faz,  mais você quer  - ou consegue - fazer.

Escrevo isso porque voltei a escrever no blog justamente agora que meu tempo caiu pela metade. E se a gente parar pra pensar, costuma ser assim. A impressão que dá é que, quando a gente resolve se desafiar, tem que ser em todos  - ou em vários - sentidos. Será que é por aí? Me ajuda, gente. Eu me sinto exausta e meu raciocínio não anda lá essas coisas.

...

Desde que resolvi voltar a estudar, peguei pesado (empolgação de iniciante) e pensei: Como é difícil ser mulher! Se é difícil ser bonita  e sexy "apenas" (1.) trabalhando, (2.) cuidando de filho e (3). cuidando da casa, experimenta ser bonita e sexy acrescentando (4) estudando pra concurso.

PUTA QUE O PARIU!!!!

Tá, eu até consigo postar no blog, mas não é lá essa coisas...........

     

BOCA SUJA

Dica do professor de Processo Penal: "Anota os prazos numa folha separada, porque prazo sempre cai. E se você não anotar tudo na mesma folha, vai perder um tempão na hora de estudar, procurando a porra do artigo" A porra do artigo. Adorei. (Para ser justa, preciso dizer que ele é nordestino e no nordeste "porra" é praticamente uma interjeição qualquer)

De qualquer maneira, para fazer a minha seção de terapia habitual, devo confessar que adoro homem que fala palavrão. Deliro quando o juiz entra na sala com seu terno  bem cortado e todos os  palavrões do mundo.

Uma vez eu escrevi "Adoro homem que fala palavrão. "Porra", "caralho" me dá tesão."

Pesado esse, né? Tem gente que vai me apedrejar.

Mas palavrão pra mim só é demais em filme nacional (porque chega uma hora que a gente só presta atenção no palavrão) e na boca da Dercy Gonçalves (nunca consegui gostar dessa mulher. Aliás, ela morreu mesmo?) É claro que palavrão num centro espírita, também, nem pensar. E já ia me esquecendo: tem um, filho único, que eu não consigo dizer. Acho horrível, abominável. O "bu......Não, não. Pelo menos esse eu não falo. Conta algum ponto a meu favor?

Eu devo ter algum problema.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Curtinhas

Vi o  - psicanalista - Contardo Calligaris no "Altas Horas" ontem. Não sei bem o por quê, mas esse é um dos textos mais acessados deste blog. ( aquele que eu falo da entrevista dele na revista Lola)  Quer dizer, claro que sei: o texto deve cair na página do google por algum motivo. Só pra dizer que eu amo esse cara. Ele é inteligente, charmoso e parece entender um pouco de mulheres e relacionamentos. Momento caras: ele está no milésimo casamento, dessa vez com a (atriz) Monica Torres. É, todos os caras que eu amo atualmente são casados ou comprometidos.

...

Falando nisso, mandei uma foto "picante" para o meu ficante, ou ex ficante. (eu nunca sei). Calma gente, não dá pra dizer que sou eu. Ou dá? Eu só sei que eu me senti tão sexy, tão gostosa. Mulher precisa disso. PRECISA! Momento Hitler: Diz pra sua mulher que ela é gostosa! Agora!!!!

...

Que mais? Tô numas de "traçar objetivos": estudar, prestar outros concursos, blábláblá. Mas eu acho um saco falar disso. Acho que não conseguiria fazer um blog do tipo "Como passar num concurso" ou "Dicas para emagrecer" ou ainda "Como enlouquecer um homem na cama". KKKKKKKKKKk Brincadeira. Esse último eu adoraria. Quem sabe um dia?

Beijosa todos que leem esse blog!!!!!    

quarta-feira, 27 de julho de 2011

INSUPORTÁVEL, EU?

“A arte de viver é simplesmente a arte de conviver.
Simplesmente, disse eu?
Mas como é difícil."
Mário Quintava
...

Eu e minha franqueza sagitariana perguntamos para um ficante se eu sou uma pessoa difícil de conviver.

Acho que eu queria a opinião de alguém com quem eu tenho uma convivência super-superficial.


Sim, ele disse. Sem hesitar.

Não entendo....Só porque eu sou a pessoa mais orgulhosa do mundo, não tenho paciência com nada e quero tudo do meu jeito?

Acho que nunca mais vou falar com ele.

....

Falando sério, invejo profundamente aquelas pessoas que não se irritam com nada e vivo oscilando entre 1. procurar uma pílula mágica que me deixe mais “easy” (a falta de paciência, lembra?) e 2. trabalhar meu equilíbrio interior

A meu favor – e a todos os “difíceis” do mundo – eu só tenho a dizer que...nós temos o nosso charme.

Afinal, quando um insuportável gosta de você.....fala a verdade....se você resisitir ao impulso de matá-lo...existe um sério risco de você se apaixonar por ele.

domingo, 24 de julho de 2011

SAGITARIANA PARAGUAIA

Mais uma daquelas histórias com data certa para terminar. Não deu tempo de descobrir quem ele era, nem de fazer um rótulo precário, do tipo "babaca", "gente fina" ou "estressado". Então por que raios eu estou escrevendo sobre isso?  Porque fiquei surpresa quando ele me  perguntou"Você vai escrever sobre isso no seu blog?" Meus pensamentos foram, nessa ordem: 1. Ele sabe que existe um blog, isso é bom. 2. Bem que eu queria que ele me inspirasse. Um pouco de inspiração não faz mal  a ninguém.

Mas nada é assim tão fácil. E esse blog nunca esteve tão desatualizado. É uma pena.

Tenho uma série de desculpas para a desatualização desse espaço que eu tanto gosto, mas nenhuma delas serve, pois as mesmas  desculpas serviriam como fonte de inspiração.

São apenas algumas delas: mudança de casa; férias escolares da Gabi, minha vontade de estar só.

Cada vez mais me descubro uma pessoa solitária. Tenho cada vez mais necessidade de ficar sozinha e penso que, se além de uma filha, uma família e certa vontade de escrever ("quem escreve nunca está só", eis a mais pura verdade) eu tivesse também um namorado, minha vida social seria certamente inexistente. Já é quase assim. O auge da badalação pra mim é tomar uma cerveja com os amigos e ir a uma festinha infantil com minha filha.Que, alias, foi exatamente o que fiz no fim de semana.

Faltou o encontro com os amigos do segundo grau, mas ai seria pedir demais.

Alias, cade a sagitariana que estava aqui....

domingo, 12 de junho de 2011

DIÁRIO DE UMA PAIXÃO

Deixei para última hora, mas não posso deixar de indicar esse livro do meu amigo Ulisses Tavares para os namorados e apaixonados! Um livro interativo, delicioso, que tive a felicidade de ter e a infelicidade de vê-lo rasgado em mil pedaços (será que um dia conto essa história?) De qualquer maneira, tive que me desapegar dessa história amorosa.

Aliás, desapego tem sido a minha lição de todo dia. Mas ainda assim acredito que vale (sempre) a pena contar uma história de amor. Fica aqui a dica.



E para não perder o momento "Ulisses Tavares", vou fazer uma propaganda e uma auto promoção: o livro "Quando nem Freud explica, tente a poesia", organizado pelo Ulisses, tem poemas de autores conhecidos e consagrados e também de reles mortais, como essa que vos escreve (sim, poemas meus!). Vá lá:

 



http://ulissestavares.com.br/?page_id=21

sábado, 11 de junho de 2011

PARA O DIA DOS NAMORADOS

Nada mais apropriado que este texto do Artur da Távola para o dia dos namorados...


...



Aos que não casaram,



Aos que vão casar,


Aos que acabaram de casar,


Aos que pensam em se separar,


Aos que acabaram de se separar.


Aos que pensam em voltar...



Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.

O AMOR É ÚNICO,

como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.



A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,

A SEDUÇÃO

tem que ser ininterrupta...



Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia

SER ETERNA



Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.

Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,

RESPEITO.

Agressões zero.



Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver

BOM HUMOR

para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.

Tem que saber levar.



Amar só é pouco.

Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.

Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.

Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.



Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.

Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.

E que amar "solamente", não basta.



Entre homens e mulheres que acham que

O AMOR É SÓ POESIA,

tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.



O amor é grande, mas não são dois.

Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.

O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.



Um bom Amor aos que já têm!

Um bom encontro aos que procuram!

E felicidades a todos nós!

Artur da Távola

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Mais Informação

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.



Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva,mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos,belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.



Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender;necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor.

Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.



Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?

De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.

Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.





Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre.

Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.



Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos) :não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.



Não tenha mêdo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade;não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;contar a verdade do tamanho do amor que sente.

Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo

do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança. Sem mêdo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.



Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito(a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.



Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

beijo a todos!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

MUDANÇAS


Eu, que já mudei tanto de endereço, estou me  mudando mais uma vez.

Mas não estou reclamando: gosto  de mudanças e todo o processo de desapego que uma mudança exige.

Gosto de deixar certas coisas para trás, de ter certa saudade do que ficou e principalmente da perspectiva de novos cenários.

Dessa vez nem é uma mudança assim tão grande: vamos para outra casa, para outro condomínio, que aliás fica perto do antigo. Mas ainda assim muda-se o caminho, mudam-se os vizinhos, mudam-se certos hábitos, muda-se a decoração.

A verdade é que tudo muda o tempo todo.  A casa, o endereço, a gente.

Ninguém é sempre o mesmo.

Quando páro pra pensar no quanto eu mudei, tomo um susto.

Mas o susto é ainda maior quando vejo que em certos aspectos eu continuo a mesma.

Mudar, para mim, quase sempre significa evolução.

Prefiro a mudança.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quem tem medo do dia dos namorados?


Ah, essa publicidade toda por causa do dia 12 de junho me  faz lembrar dessa minha vontade de ter um namorado.

Mas é uma vontade que passa, da mesma forma que passa minha vontade de comprar aquela bolsa, de aprender a costurar, de largar tudo e fugir para um canto qualquer.

Mas entenda: não é que eu não queira um parceiro (de preferência bonito e gostoso). É que ele tem que acrescentar alguma coisa na minha vida, no meu caminho, na minha experiência. Acrescentar a ponto de eu poder dizer "nossa vida, nosso caminho, nossa experiência".

Quando eu páro pra pensar em quantos namorados eu tive só para nao ficar sozinha. Por comodismo. Pra fugir do trabalho de me conhecer. Para espantar o tédio. Pra apresentar pra sociedade. Porque o cara me fazia rir. Porque ele era (só) bonito. Porque ele era (só) gostoso. Porque me paparicava.

Olha, nao dá nem pra contar.

Mas - finalmente - eu cheguei naquele ponto:  o que eu faço precisa ter algum significado. Não dá mais pra ficar no "stand by".

Aliás, pra falar bem a verdade, ando gostando tanto de ficar sozinha, que vai ficar difícil abrir mão disso.

Que coisa, não? Demorou, mas eu perdi  o medo do dia dos namorados.

E da Carla Bonfim também.

domingo, 22 de maio de 2011

BLOG TERAPIA



Ando sumida por aqui. Eu me sinto naquela fase da terapia em que a gente senta de cara para o analista e não sabe o que dizer. E aí pensa "que eu tô fazendo aqui, eu vou é tomar uma cerveja, que eu ganho mais. Cura qualquer problema e é bem mais barato". Atire a primeira pedra quem já não pensou assim na hora de pagar o analista!
Estou falando isso porque meu blog é minha terapia. E, como na terapia, às vezes eu abro o baú e os monstros não páram de sair. Que monstros? Aqueles questionamentos, aquela inquietação, aquela angústia, vocês sabem. E às vezes eles - os monstros -  simplesmente desaparecem. O baú fica vazio, fica tudo um mar de rosas. Quer dizer, não é que não haja problemas. Eles existem e são bem concretos, mas nenhuma tragédia. O que não existe é aquela mente inquieta, que quer convencer a gente de que a vida não presta. Mas é só a gente dar uma quietada nessa mente insana, seja escrevendo, seja fazendo terapia, seja tomando umas, seja conversando com os amigos, ou em muitos casos, fazendo uma boa faxina, TRABALHANDO (palavra mágica) que tudo se ajeita e a gente percebe que a vida vale a pena.

É assim que eu ando ultimamente: sem precisar de terapia. 

sábado, 14 de maio de 2011

"Café Carla" no "Café com Carla"!!!


Olha o que o Danilo e o Will encontraram no Chile!!! E colocaram no Facebook, rsrsrsr

Aliás, diante da "falta de inquietação" (que costuma ser minha inspiração) para escrever no blog ultimamente, só deu  Facebook. Minhas últimas:

"Algumas pessoas procuram a felicidade. Outras a criam"

"GAP, STEP E PILATES: agora vai!"

"Ando tão otimista...meu nome é Polianna"

E minha preferida: "O amor é a única coisa que cresce a medida que se reparte"

Beijo enorme a todos!

domingo, 8 de maio de 2011

DIA DAS MÃES

A Gabi me chama de "mamãe", mas está se esforçando para me chamar de "mãe".

Eu disse "Posso pedir uma coisa de dia das mães?"

"Pode"

"Me chama de 'mamãe' "

"Tá bom, mamãe. Mas posso pedir uma coisa de dia das crianças?"

"Pode"

"Posso te chamar de mãe"?

Ai meu saquinho. Ainda bem o dia das crianças  é só em outubro.

Feliz dia das mães!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

MULHER DE FASES, PARTE 2

Em nome da minha "sinceridade sagitariana" preciso dizer que estou sossegada, mas não morta, rsrsrs

E que o fato de eu estar sossegada me permite CONHECER PESSOAS sem a intenção de seduzi-las e - o melhor - sem me deixar seduzir facilmente.

Falando assim, parece que estou fechada para relacionamentos, mas....gente, gente! Eu não estou. Eu não estou "at all".

Eu estou é muito bem , isso sim.

E falando nisso....será que ele está lendo meu blog? Será, será?

Brincadeira. Ou não.

Contradições. ADOOOOORO.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

MULHER DE FASES


Gente. Gente. Vocês não acreditam: eu estou praticamente indiferente ao sexo masculino. Eu seria capaz de ignorar um capoeirista careca tatuado! kkkkkkkkkkkkkk

Na verdade, eu nem consigo pensar em alguém que me desperte os instintos primários nesse momento.

Eu estou muito, muito sossegada. Isso pra mim é tão surpreendente quanto acharem o Bin Laden dez anos depois do atentado às torres gêmeas!

Estou achando ótimo. Se eles correm atrás, tudo bem. Se eles não correm, melhor ainda. Não preciso inventar desculpas. Mas gosto quando aparecem, gosto de ter opções, gosto de me sentir desejada. (Quem não gosta?) Só que a coisa perde um pouco a graça quando passa a ser um filme já visto. Mil vezes. Mas falando em opções, a minha agora é estar só. Bem só. Ah, que liberdade. Que tempo livre. Que paz.

Eu sempre tive certa inveja dessas pessoas que não procuram alguém, que parecem "se bastar". Bem, posso dizer que hoje sou assim.
Vamos ver até quando.

sábado, 23 de abril de 2011

BOA PASCOA!


Achei esse poema a cara da Pascoa:

Tu tens um medo:



Acabar.


Não vês que acabas todo o dia.


Que morres no amor.


Na tristeza.


Na dúvida.


No desejo.


Que te renovas todo o dia.


No amor.


Na tristeza.


Na dúvida.


No desejo.


Que és sempre outro.


Que és sempre o mesmo.


Que morrerás por idades imensas.


Até não teres medo de morrer.


E então serás eterno.


CECILIA MEIRELLES

Feliz Pascoa, com alegria, chocolate e que esse espírito de renascimento nos acompanhe todos os dias!

IRRITADA POR QUE?

Pra começar, é feriado
E eu adoro Páscoa, adoro chocolate
Tenho dinheiro na conta
Minha filha diz que me ama cinco vezes por dia
A Riachuelo está com a uma coleção da CRIS BARROS
(e eu comprei um vestido lindo)
Estou com pé e mão feitos, pintados da cor que eu mais gosto
("Ameixa", a quem interessar)
A depilação está em dia, o cabelo hidratado
E o dia tem sol, piscina e cerveja

Então alguém me responde....Estou irritada por que?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ESCREVER PRA QUEM?



Dia desses meu irmão me mandou um texto muito interessante do André Forastieri, que resolvi reproduzir aqui.

Taí uma pergunta que eu sempre me faço: escrevo pra quem?

Geralmente eu escrevo para um homem que desperta o meu interesse.  Não importa se a relação acontece.
Na verdade escrevo mais quando a coisa está na fase "platônica".

Torço para que o "eleito da vez" leia o blog. Se ele for esperto vai se reconhecer. Muito esperto, aliás, porque a coisa é sutil. Certeza ele não vai ter nunca, a não ser que me pergunte "você estava falando de mim?". Aí eu assumo.

Escrevo também para quem interage no meu blog, pra quem fala do que escrevo. Nada me deixa mais feliz que um feedback.

Agora, voltando aos homens, devo confessar...quando o interesse é grande, e não só sexual...é difícil achar o tom!

E agora, José, e agora?

Por enquanto...André Forastieri pra vocês!

...


Para quem você escreve? (ou: oito dicas preciosas para você escrever um conto, por Kurt Vonnegut)


Já traduzi e publiquei neste blog as regras do meu ídolo Elmore Leonard para escrever um bom romance (clique aqui para ler). Escrevendo esses dias sobre Kurt Vonnegut - e várias outras coisas, tudo costurado com agulha enferrujada e rombuda, como de costume - lembrei dessa listinha de conselhos dele para quem quiser escrever um conto.
Ele não era assim nenhum mestre dos contos - sua imaginação exigia tela maior - mas não fazia feio. Com meu esforço de adaptação das duas listas à última flor do Lácio, considero encerrada minha contribuição à literatura nacional.



Da antologia de Kurt Vonnegut, Bagombo Snuff Box:

1. Use o tempo de um total desconhecido de maneira que ele ou ela não vai achar que foi desperdiçado.

2. Dê ao leitor ao menos um personagem pelo qual ele possa torcer.

3. Todo personagem deve desejar alguma coisa, nem que seja apenas um copo d'água.

4. Toda sentença deve fazer uma de duas coisas - revelar personalidade ou avançar a ação.

5. Comece tão próximo do final quanto possível.

6. Seja sádico. Não importa o quanto seus protagonistas sejam doces e inocentes, faça coisas horríveis acontecer com eles - é a maneira do leitor perceber do que eles são feitos.

7. Escreva para agradar somente uma pessoa. Se você abrir a janela e fazer amor com o mundo, sua história vai pegar pneumonia.

8. Dê aos seus leitores tanta informação quanto possível assim que possível. Dane-se o suspense. Os leitores devem ter tamanha compreensão do que está acontecendo, onde e por que, que seriam capazes de terminar a história caso as últimas páginas do livro sejam devoradas por baratas.

E se você ficou curioso/a para saber para quem Vonnegut escrevia: era para a irmã dele. Mais detalhes em um de seus muitos livros, não lembro qual - leia todos.

E eu, para quem escrevo? Bem, sei quem gostaria de impressionar, mas costumo dizer que copio Grant Morrison: escrevo para um cara de 14 anos muito inteligente.



Mas não é isso que Kurt quis dizer. Ele aconselha você a escrever para uma pessoa real, de carne e osso. Mesmo que ela já tenha morrido.



Para quem você escreve?

http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2011/04/06/para-quem-voce-escreve-ou-oito-dicas-preciosas-para-voce-escrever-um-conto-por-kurt-vonnegut/

sábado, 16 de abril de 2011

CURTINHA

Pagando pau.
Faz parte.

PEQUENA LISTA DE DESEJOS


flores
cores
sabores
amores

quinta-feira, 14 de abril de 2011

SCRAP PARA O MESTRE



Valter Rodrigues foi meu professor de Psicologia na Casper Líbero. Toda semana ele tinha o desafio de prender a atenção de estudantes de publicidade ansiosos e arrogantes. Não preciso dizer que a tarefa não era nada fácil. A classe vivia em alvoroço, mas mesmo assim ele nos fazia pensar em suas aulas não convencionais.

Um dia sua  filha de 18 anos foi assassinada. Lembro da expressão dos olhos dele. Lembro dele nos pedir apoio, nos pedir um abraço. Lembro dele, meses depois,  muito estressado por causa das politicagens da faculdade. Enquanto eu o ouvia desabafar, lembrava de uma reportagem que havia lido sobre stress: o topo da lista era perder um ente querido.  O luto, portanto, seria a maior situação de stress para um ser humano. Em segundo lugar, o divórcio. Três anos depois, comprovei a teoria: quando meu pai morreu meu stress era tão grande que eu seria capaz de bater na Madre Teresa de Calcutá. Perdi amigos, emprego, sanidade. Me apaixonei, engravidei, casei, separei. Assim como a Liz Gilbert em Comer, Rezar, Amar, "tudo que eu queria era correr e só parar depois de chegar à Groenlândia". Maus tempos.

Mas voltando:  eu e Valter continuamos mantendo contato no mundo virtual. Fiquei muito feliz de ver que ele reconstruiu sua vida: casou de novo e tinha um filho pequeno.

Essa semana soube que ele morreu.

Visitei sua página no orkut. Um perfil cheio de fotos e recados. Como assim, morreu, como assim?

Deixei um recado pra ele. Escrevi, entre outras coisas, que ele me ensinou muito na sala de aula, mas a maior lição veio do seu exemplo de vida. Que quem consegue reencontrar a felicidade depois de prova tão dura realmente  merece ser feliz.

Depois fiquei pensando: eu não podia ter dito isso enquanto ele ainda estava aqui?

Mas também escrevi: "espero que minhas palavras e minha gratidão lhe alcancem, onde estiver."

Espero.

terça-feira, 12 de abril de 2011

U2 - o que eu não faço pelo Bono...

Vestindo a camisa....



Tomando chuva....





Piadinha infame...


 

Adorando!



domingo, 10 de abril de 2011

FALANDO EM PRIMOS....



Eu e Dani conferindo um dos espetinhos da Aclimação.

E hoje à noite estaremos pertinho do Bono! Eba!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

FACEBOOK

Que eu faço com essa vontade de excluir alguém do meu facebook?

Espero passar, claro.

Tem gente que não merece tanta consideração;

Todo esse trabalho de se apertar um botão....

quarta-feira, 6 de abril de 2011

QUEM MORRE?

Quando, no centro espírita que você frequenta, citam um dos seus textos preferidos....isso é um sinal de que você deve estar indo não lugar certo, não?

Aqui vai o texto, de Martha Medeiros (e falsamente atribuído ao poeta Pablo Neruda)


MORRE LENTAMENTE ...

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o escuro ao invés do claro e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

É como diz Mário Quintana: "Viver primeiro, morrer depois"

Beijo a todos!

sábado, 2 de abril de 2011

FAMÍLIA



Sempre que eu assisto "Brothers and Sisters" tenho  três pensamentos, nessa ordem:

1. Que bom que eu tenho um irmão!
2. Que pena que não tenho mais irmãos!
3. Ainda bem que minha família é grande!

É impressionante como essa série consegue retratar os sentimentos que envolvem uma família: a união, a preocupação, os melindres, os conflitos. Mas acima de tudo, aquela sensação de aconchego, de se pertencer a algum lugar:  só quem tem uma estrutura famíliar é capaz de entender.   

Lembrei disso porque, mais uma vez, minha filha foi com minha mãe para Salvador. 

Se é verdade que morro de saudades e nem sei o que fazer com tanta liberdade (quem é mãe sabe que tempo livre é para nós o maior dos luxos) , é também verdade que valorizo muito o fato da Gabriela ficar cada vez mais próxima das primas de sua idade. É muito interessante perceber que essa conexão - e interação -  está simplesmente sendo transmitida, de forma natural, de geração para geração.
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Apesar de espalhados pelo Brasil (e até Estados Unidos) nós, os "super primos" estamos sempre em contato e nos encontrando por aí:  há um mês Mike e Sâmila, de Recife, estiveram aqui e tivemos todos  um fim de semana nota dez; já no próximo sábado é  a vez da Dani, de Salvador, vir para o show do U2. E assim vamos...E quando nos encontramos, nunca deixamos de lembrar da época de brincadeiras de criança, o que rende muitas risadas. Brincadeiras que a Gabi está fazendo agora com suas primas. E que vai lembrar depois.

É, preciso acrescentar mais ítens na minha lista de pensamentos quando assisto' "Brothers and Sisters":

4. Que bom que tenho muitos primos!
5. E a Gabi também!


É como eu  gosto de dizer:  FELICIDADE EXISTE!