sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011 !!!!


Algo me diz que esse Ano Novo vai ser novo de verdade. É mais que um desejo, uma esperança; é uma certeza. 

Como não custa dar uma mãozinha, vou de calcinha nova (amarela), roupa clara, e já providenciei uva, romã, lentilha, que mais ? E ao lado da família e do amigos, que é o mais importante.

Desejo que seu "Ano Novo" seja realmente novo, e que suas "promessas" venham do coração. 

Aqui vai uma receita do Drummond, da qual eu nunca me canso:

RECEITA DE ANO NOVO



Para você ganhar belíssimo Ano Novo


cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,


Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido


(mal vivido talvez ou sem sentido)


para você ganhar um ano


não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,


mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;


novo


até no coração das coisas menos percebidas


(a começar pelo seu interior)


novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,


mas com ele se come, se passeia,


se ama, se compreende, se trabalha,


você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,


não precisa expedir nem receber mensagens


(planta recebe mensagens?


passa telegramas?)






Não precisa


fazer lista de boas intenções


para arquivá-las na gaveta.


Não precisa chorar arrependido


pelas besteiras consumadas


nem parvamente acreditar


que por decreto de esperança


a partir de janeiro as coisas mudem


e seja tudo claridade, recompensa,


justiça entre os homens e as nações,


liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,


direitos respeitados, começando


pelo direito augusto de viver.






Para ganhar um Ano Novo


que mereça este nome,


você, meu caro, tem de merecê-lo,


tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,


mas tente, experimente, consciente.


É dentro de você que o Ano Novo


cochila e espera desde sempre.






Um beijo enorme e um Feliz Ano Novo !!!



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Porque eu não vou dar pro Frota






Adoro a  Revista TRIP  e pago um pau absurdo para o (editor) Paulo Lima. Não dá pra acreditar que um cara tão visionário seja formado em Direito pela USP. Com o perdão do preconceito ! É bom lembrar que também me formei em Direito. E pela PUC/SP. Posso falar : a maioria dos formandos têm um perfil conservador, ou pelo menos se esforça para aparentar isso.

Mas voltando: o Paulo Lima fundou a Editora Trip, que até onde eu sei só tem publicações de qualidade. As revistas segmentadas (antiga Natura e Pão de Açúcar, só pra citar algumas)  são uma melhor que a outra, e da Revista TPM nem preciso falar ... 

O que mais me impressiona na TRIP (e na sua versão feminina TPM) é a capacidade de inovação: no editorial, nas matérias, no visual gráfico, em tudo. E arriscando sempre, dando a cara a tapa, sem preconceitos e sem  fórmulas prontas. Que outra revista ia dar uma coluna para um cara que ficou trinta anos preso por homicídio ? (o Luiz Mendes, que tive a felicidade de conhecer) E me corrijam se eu estiver enganada, mas pelo que me lembro, a TRIP e a TPM não circulavam no mês de janeiro: férias para a equipe. Não era assim? Os caras são foda. Mais que foda, eles são autênticos. E autenticidade não é o forte do jornalismo, vamos combinar. (eu estou terrível)

Mas toda essa divagação em torno da TRIP (desculpem, me empolguei) é por causa da entrevista do mês com o Alexandre Frota. Dizem que com ele é assim: ou amam ou odeiam. Acho que eu amo e odeio.

Preciso falar do Frota porque ele já foi meu sonho de consumo. Já dei pra ele em sonho (boa essa) quando ele era menos: menos musculoso, menos polêmico, menos agressivo. Essa história de "Menos é mais" é a mais pura verdade. Ele tem um tipo físico que eu gosto: forte, tatuado, com cara de mau. Mas e o sotaque carioca carregado de gírias? E a personalidade ? Não dá.

Ele transpira sexo e testosterona. Ele sabe disso, a torcida do Flamengo sabe disso. Então por que falar  ? Aliás, por que repetir ? Já está virando mantra.

Não tive paciência pra contar quantas vezes ele falou  "sexo" e "foder" na entrevista, mas foram muitas. Lembrei de uma entrevista do Romário em que ele dizia que "dava dez sem tirar". Não precisa, né ? Menos, menos.

Olha, eu estou com o Roberto Carlos e não abro: o melhor é sexo com amor, depois sexo, e depois..eu troco o sorvete pelo chocolate. Agora, ficar contando vantagem 100% do tempo não tem nada a ver.

Se ele não falasse nada, ficasse bem quieto com aquele jeito brucutu, eu ia pensar: "esse cara é foda, deve pegar todas e fazer a coisa muito bem feita. Eu quero dar pra ele". Mas como ele fala o tempo todo "Eu sou foda, pego todas e faço o negócio muito bem feito" eu acho ele um babaca e não quero dar pra ele.

Se eu encontrasse ele, diria: "Porra, Frota, eu que adoro ter "objetos de desejo" ! Você me brochou !" 

Mas fica uma dica que ele deu na entrevista:


"Para você, que se diz bom de cama, o que os homens precisam saber sobre as mulheres?"



Não pode ser afobado. E eles precisam aprender a chupar elas. Essa é a crítica número 1. Outra coisa muito especial para uma mulher é ela dar a bunda. Ela não vai dar pra qualquer um. E a pior coisa que um pela-saco pode fazer é pedir. "

Foi ele quem falou. Mas só uma dúvida: se o cara não pede, como a mulher vai saber que ele quer ?

Em tempo: essa edição é de dezembro/janeiro. Então é isso mesmo: em janeiro a revista não circula.

AVISO

Agora não vai dar pra escrever
Estou feliz demais
Vou viver

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

E não é que essa história de que "no final tudo dá certo" é verdade mesmo ?  

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"DIA D"

Agora é confiar: que aconteça o melhor.

Agora é enfrentar: que venham os leões.

E POR FALAR EM AMOR...

Ela nunca vai esquecer daquele dia que acordou chorando. Era um choro tão sofrido - parecia que alguém tinha morrido. Ela chorava, chorava, e não sabia por quê. Então chorou até se acabar e os olhos virarem duas bolas vermelhas inchadas. Chegou a perder as lentes de contato. E só depois descobriu o motivo: o amor tinha acabado. 

Como assim, estava tudo tão bem, ele era tudo que ela queria.. (até hoje procura alguém que desperte nela o que ele despertou, mas esse é outro texto) E de repente...Será que foi de repente ? Como ela pôde ignorar - ou não perceber - que o amor estava indo embora ? Será que havia meio de trazê-lo de volta ? Será ? Será ?

Não sabia, e não sabe até hoje. Só sabe que naquele dia acordou, e o amor não estava mais lá. Como pode ?

Quinze anos depois, ela  ainda não entende. Como queria que alguém sentasse ao seu lado e explicasse: Por que amamos quem amamos ? Por que continuamos amando ?  Por que às vezes o amor acaba ?

Isso é mais misterioso do que a morte. 





sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

UM NATAL PARA CHAMAR DE SEU



Sempre gostei de datas e de rituais: como não gostar do Natal e suas cores, luzes, presentes ?

Nunca me disseram que Papai Noel existe, mas sempre acreditei, e é como eu li esses dias: "Se você acredita, ele já existe dentro de você".

Não tenho a menor paciência para esse discurso de que "a data virou um comércio", etc. Virou ? Talvez, mas isso não não diz respeito (só) ao Natal, mas à época - capitalista - em que vivemos.

Na verdade, tudo é uma questão de equilíbrio: que haja presentes, mas sem consumo desenfreado; que a mesa seja farta, mas sem exageros insanos; que a celebração seja simples e verdadeira, como o aniversariante.

Aniversariante esse que nos convida a desejar, a acreditar em dias melhores (se esse Natal não for tudo o que a gente quer, o próximo será); a abrir nosso coração, às vezes endurecido pelo dia a dia.

Se você estiver triste com essa data (o que pode acontecer, principalmente se não se tem família), experimente fazer o Natal de alguém feliz. É o melhor presente que você pode dar a si mesmo e ao famoso (mas às vezes esquecido) aniversariante.



UM FELIZ NATAL, COM TODO MEU AMOR !






quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"PAPAI NOEL EXISTE ?"


Papai Noel existe ?

Toda vez que eu vejo o Rodrigo Santoro na tela, eu penso que sim.


Ele estava tão perfeito como "mano" nesse especial da Globo, que por alguns segundos esqueci o quanto ele é bonito. Eu disse bonito ? Ele é um dos homens mais lindos do mundo. E excelente ator: vide "Abril despedaçado" e "Bicho de sete cabeças".


Não pude deixar de lembrar : quando ganhei a promoção dos 18 anos da Revista Boa Forma (vide foto abaixo) a pergunta era : "Se Boa Forma fosse uma garota de 18 anos, o que você daria de presente pra ela ?" Em cinco linhas escrevi cinco presentes, e um deles era "O Rodrigo Santoro como namorado."


Nesse especial ele fez par romântico com a Regina Cazé. Adorei. Rodrigo Santoro para todas ! Papai Noel existe !





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Faltou pouco pra eu te ligar
Fiquei feliz por me segurar
O que eu quero
Você não pode me dar

MAURÍCIO DE SOUSA


Gabi voltou de Recife cheia de saudades e novidades. Encontrou o Maurício de Sousa no avião. Minha mãe explicou que aquele era o "pai da Mônica". Ela, extrovertida como sempre, pediu um autógrafo e ganhou dois, acompanhados de desenhos: a Magali chupando picolé e dizendo"Oi Gabriela!"; a Mônica com uma flor na mão dizendo "Oi Gabriela!".

Eu, que já era fã do Maurício ( e quem não é ?) fiquei ainda mais.

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Aquela viagem" ou "Como me apaixonei por um adolescente"

Há alguns anos, tive a oportunidade de ir para os Estados Unidos com uma turma de adolescentes. Foi assim: minha tia, que tem uma escola bilíngue em Recife, levava os alunos que estavam se formando (na época era oitava série, e agora ?) para passar três meses estudando numa escola de lá. Iam os que queriam e podiam pagar, claro. Nesse período eles estudavam numa escola regular, com estudantes americanos.  Um verdadeiro intercâmbio cultural.



Na época eu tinha vinte e cinco anos, dez a mais que eles, e quando minha tia me chamou para ir junto, não pude deixar de pensar: teria eu paciência para conviver com adolescentes (afinal, íamos morar todos na mesma casa). Mas além dessa minha tia ser a melhor pessoa do mundo para se conviver, ficaríamos todos na casa do meu primo (filho dela) e sua esposa na época, e eu era (aliás, sou) apaixonada pelo casal. Sem contar que eu sempre quis conhecer os Estados Unidos, amo viajar e o dólar estava a R$ 1,25. Então, depois de cinco minutos de hesitação, providenciei a papelada e paguei minha passagem à vista. Lembro da funcionária do banco ter me ligado: era pra descontar aquele valor do cheque mesmo ? Era.


Tive que ir sozinha e voltar sozinha, já que só dispunha de um mês de férias e eles já estavam lá, mas isso não foi nenhum problema: fiquei a viagem inteira conversando ( e dividindo a minha ansiedade) com uma passageira que já conhecia a Disney (é, o destino era a Flórida, mas especificamente San Petesburg) e fez questão de me dar todas as dicas. 


Naquela época eu estava sem namorado e  - o melhor - sem nenhuma pressa em arrumar um. E essa viagem era perfeita: ia para um lugar que não conhecia, mas sem essa coisa de pacote turístico, que não é a minha praia; estaria com a minha família, mas também conheceria gente nova (ainda que adolescentes) e  - talvez o mais importante - não faria apenas programas turísticos, conheceria um pouco da rotina da cidade.


Pra mim, conhecer uma cidade, seja Praia Grande ou Paris (que aliás, ainda não conheço) é (também) ir ao supermercado (adoro), à feira (adoro) e conversar com os moradores (a-do-ro). É claro que gosto de conhecer pontos turísticos, mas sendo bem sincera: nem todos, e nem o tempo todo. Sempre achei que a melhor parte da viagem é poder observar (e conhecer) as pessoas e os costumes locais, mas para isso é preciso tempo livre. Nada de tudo programado.


Mas voltando: cheguei e passei a fazer parte da rotina (movimentada) deles. Era assim: ia com Patrick e Elisabeth (o casal) levar  e buscar os meninos, e enquanto eles estudavam eu ia fazer o meu reconhecimento local (com Tia Lígia ou sozinha.)


Quase todos os dias íamos às compras, e frequentemente nos separávamos: fazer compras sozinha, sem nenhuma pressa e com dinheiro pra gastar, é apenas a melhor coisa do mundo. E não era aquela coisa de turista desvairada: dava pra conhecer bem as lojas e escolher tudo com calma. E o melhor: se você quisesse devolver a mercadoria, eles devolviam o dinheiro, sem questionar.
.
Á noite íamos todos jantar, cada um contando como foi seu dia; íamos também (o paraíso) conhecer os Parques da Disney à noite e nos finais de semana. 


Ah, os adolescentes: eram nove -  sete meninos e duas meninas. Alguns mimados e reclamões, mas no final gostei (e me aproximei) de todos.  Era uma delícia acompanhar  (e conhecer) suas inseguranças, descobertas, temperamentos. Patrick, Elisabeth e eu tínhamos a mesma idade; dávamos boas risadas com as situações inusitadas que surgiam, e nos aproximamos muito nessa viagem. Foi Elisabeth a primeira pessoa a me falar de John Gray, o autor de "Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus". Os dois me falavam sobre a vida de casados, e se interessavam pela minha vida de solteira.


Eu podia acabar a história aqui, mas o melhor vem agora: um dos meninos me encantou. Ele parecia mais velho, tipo uns dezoito anos: moreno, de olhos apertados, cabelo bem curto e corpo perfeito, com abdomem tanquinho.  E o melhor era seu jeito de ser: ele não tinha consciência do quanto era gostoso; além de viril, era educado, divertido e, ao contrário dos outros, bem fácil de conviver. Mas como ninguém é perfeito, tinha orelhas de abano, que lhe renderam o apelido de "Dumbo". Não era nada demais, fazia parte do charme. Assim que percebi minha atração por ele, comecei a reprimi-la (afinal, ele tinha quinze anos !!!) Resultado: sonhava todas as noites com uma amiga minha  - mais liberada, digamos assim - o beijando na minha frente. 



Um dia, num dos parques da Disney, vi um Dumbo de pelúcia e não resisti: comprei pra ele. Nem me ocorreu que ele pudesse se ofender. Mas ele não só gostou, como no dia seguinte retribuiu, me dando um ursinho lindo que - acredite se quiser - tenho até hoje.


Na minha última noite lá, levamos os meninos para uma espécie de balada. Enquanto eles ficaram numa espécie de "boate para menores" (Fiquei chocada com a esfregação explícita que rolava entre os americanos) ,fomos eu, Patrick, Elisabeth tomar cerveja num barzinho ao lado.



Depois de um tempo, Dumbo abandonou o grupo e sentou do meu lado, em silêncio. Ficamos os quatro conversando até a hora de ir embora, eu toda orgulhosa dele ter trocado as menininhas pela nossa (ou minha?) companhia.



Não lembro como começou, nem quem tomou a inicitativa; só sei que em casa, depois que todos dormiram, nos beijamos. E antes que me atirem pedras: foram apenas beijos inocentes. Mas tão bons, que, três anos depois - ele com dezoito e eu com vinte e oito - nos encontramos e completamos o serviço.



No motel, entre as opções de divertimento (lingerie e brinquedos eróticos) havia também um ursinho rosa (nunca tinha visto urso em motel), que ele me deu na hora de ir embora, e que eu também teria até hoje, não fosse por um descuido. 



Perdemos o contato, mas fico a pensar que alguns homens parecem nascer sabendo do mais difícil: como conquistar uma mulher. É preciso que ela se sinta desejada, mas ao mesmo tempo amparada. Poucos homens percebem que ela PRECISA ser paparicada, PRECISA se sentir especial. Quando encontramos um homem assim, vale a pena controlar a vontade de pular no pescoço dele e deixá-lo tomar a iniciativa. Deixá-lo pensar que foi ELE quem nos conquistou, e não o contrário. Pensando bem, foi assim mesmo que aconteceu.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Seção Terapia

Só queria entender
Por que eu tenho sempre
Que pagar pra ver

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO, ENTÃO !

Bom, fiz tanto alarde com esse aniversário, que vale uma palavrinha no melhor estilo "Meu Querido Diário": o dia começou com telefonema da minha mãe e da Gabi (que já me fez chorar, claro); choveu o dia inteiro (sem parar) e eu, como sempre, deixei tudo para a última hora ( "tudo" significa: a escolha do bolo, do vestido e uma produçãozinha básica no cabelo) Mas no final deu tudo certo, e pouco depois das oito lá estava eu, guardando mesa, toda animada, com a ajuda do meu irmão e da minha "Best Friend Forever" Fernanda.
...
Aos poucos as pessoas foram chegando, e quem disse que vinha (salvo os furões básicos e ele, ELE, que disse que ia, mas eu achava/sabia que não ia) veio mesmo, em especial o pessoal do meu antigo trabalho - Iremar, Gustavo, Paty, Danillo, Willian, Rafa, Dani, DJ, e queridos - E BEM VINDOS - agregados (estamos formando uma turma de ex autorizadores, não ? Daqui a pouco vai ser bloco de Carnaval !) Minha outra amiga "Best Friend Forever" Marcela também demorou, mas chegou com o namorado (Alê) e seu amigo Manolo - os três pés de valsa e únicos que aproveitaram de verdade o forró. (Salvo a aniversariante aqui, ninguém mais na mesa se arriscou)
...
Teve parabéns, mico, cerveja, comidinhas, fofoca básica, foto profissional do William (chique, né ? depois eu posto) e jogação de charme (de leve) no melhor estilo "João amava Teresa que amava Raimundo, que amava Maria", sabe como é ? - estou exagerando, claro. Mas eu posso. Se não, que graça tem ??
...
Fica aí um dos meus preferidos poemas do Drummond:
"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim
que amava Lili que não amava ninguém.
João foi pra os Estados Unidos
Teresa para o convento
Raimundo morreu de desastre
Maria ficou para tia
Joaquim suicidou-se
e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na historia."
..
Esse texto é um singelo "obrigado" aos meus amigos que me acompanharam nessa transição de energia: agora estou no ano dois. O que isso significa ? Não sei, espero que coisa boa.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É HOJE !!




Visualizações

Bem, me disseram para visualizar o que eu quero, então.......pode ser assim:


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

FRIDAY

Aquele calor, eu falando pelos cotovelos
Tudo parecia sob controle
Até ele passar a mão nos meus cabelos
E me olhar daquele jeito que só eu sei
Aí era fugir ou ficar
E eu fiquei

MARIO QUINTANA

SIMULTANEIDADE

Eu amo o mundo!
Eu detesto o mundo!
Eu creio em Deus!
Deus é um absurdo!
Eu vou me matar!
Eu quero viver!
Você é louco?
Não, sou poeta.

sábado, 11 de dezembro de 2010

PEGA NO PAU


"Pega no pau"
Foi assim que eu perdi a virgindade
Com o berimbau

CILADA

Sensação
de ter traído
aquele
que nem foi meu

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

M A I S V E R M E L H O







Há algum tempo ando com vontade de deixar a minha vida mais "vermelha".

A cautela tem me atrapalhado um pouco, e no lugar de pintar uma das paredes do quarto dessa cor, me resignei em pendurar uns quadros vermelhos que trouxe da Argentina.

Mas não me dei por safisfeita e os acessórios vermelhos de decoração foram se multiplicando, assim como as roupas e os bibelôs. Isso sem falar na lingerie, é claro.

Uma amiga me disse: "Dos meus amigos sagitarianos, você é a mais apimentada." E eu: "O que você quer dizer com isso ?" E ela: "Eles são mais tranquilos que você".

Ontem participei de um ritual cigano na Bartale que recomendo a todas as mulheres do mundo. Pensei que Jundiaí pode ser considerada uma cidade provinciana em vários aspectos, e a parte cultural deixa muito (MAS MUITO MESMO) a desejar, principalmente quando se trata de teatro e cinema. Mas em matéria de espiritualidade, as opções são muitas, e de boa qualidade. É procurar e achar.

Foi uma delícia, e não sei até que ponto posso compartilhar essa experiência. O que sei é que cabe a nós, mulheres, descobrir (e nutrir) esse poder feminino que é só nosso; o que sei é que vi vermelho em tudo: nas roupas, na maquiagem, nos rituais, no ambiente.

Acho que é isso, não dá pra negar: sagitário com ascendente em sagitário, pensa: é fogo com fogo ! E eu ainda sou baiana . Ah, foda-se: é pimenta na veia.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ADÃO

Esqueci de colocar no post de ontem o endereço do blog do Adão.
Vá lá: http://adao.blog.uol.com.br/
Aliás, esse blog cura qualquer tristeza. (mas que tristeza?)
Adão, Laerte ou Angeli ?
Ainda bem que a gente não precisa escolher .
Você consegue ?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

CAFÉ COM CINCO


Cinco coisas para não fazer quando estiver vulnerável:
1. Ficar muito tempo sozinha;
2. Tentar entender o que aconteceu;
3. Tratar o seu ficante (ou ex) como namorado;
4. Beber;
5. Aceitar carona de um homem atraente.
...

Talvez ajude:
1. Ir ao cinema;
2. Mudar de ares;
3. Ler;
4. Escrever;
5. Aceitar carona de um homem atraente.

CHORAR FAZ BEM

A Patrícia era minha depiladora: ela me deixava à vontade para depilar partes (mais que) íntimas, fazia a melhor sobrancelha do mundo (até hoje não encontrei quem faça igual) e sempre me recebia com um sorriso, mesmo quando eu chegava esbaforida e estressada, com horário apertado.
Bonita do alto de seus vinte e poucos anos, com cabelo escuro e ondulado, ela era discreta e levemente tímida, ao contrário das outras mulheres que trabalhavam no salão. Mesmo assim nossas conversas eram inevitáveis e o papo rolava solto entre cera quente e posições esdrúxulas. Como quase sempre acontece entre as mulheres, sejam casadas (seu caso) ou solteiras (meu caso), falávamos sobre relacionamentos.
- E aí, ele te ligou ? (...)
- Então você está namorando o arquiteto ? (...)
- Há quanto tempo você é casada ?
Nesse dia, ela desatou a chorar. Eu disse chorar ? Ela começou a soluçar.
- Você está bem ?
- Ah, me desculpe !
- Mas o que aconteceu ?
- Meu marido terminou comigo – e chorava.
- Mas por que ?
Ela mal conseguia falar de tanto chorar. E se desculpava:
- Que vergonha, me desculpe. Ele disse que não quer continuar, não sabe se ainda gosta de mim.
- Olha, fica calma. Quer um copo de água ?
- Obrigada. Mas que vexame, você é minha cliente, me servindo. Estou trabalhando. Desculpe. E chorava.
O que me constrangia não era o fato dela chorar, mas de se desculpar a todo instante.
Como é difícil chorar, ainda mais na frente de alguém. Eu mesma, me sinto tão desconfortável, que tenho uma técnica: tento sorrir com os lábios (mas meus olhos me traem) e pensar em qualquer outra coisa até que a pessoa desapareça da minha frente, para que eu possa chorar, e soluçar bem alto, se for o caso.
Não sei o final da história, mas minha vontade aquele dia era dizer “Pode chorar, não tem problema nenhum. Chorar faz bem”. Aliás, eu disse, mas ela continuou se desculpando.
Fico a pensar como é feliz aquele que tem uma pessoa (só uma) para quem pode ligar numa situação dessas e dizer um “Você pode vir aqui ?”
Esse "Você pode vir aqui" significa “Vem aqui agora, pelo amor de Deus, que estou me sentindo a última pessoa do universo, e preciso que você me ajude a colocar isso pra fora” . Significa também "Eu preciso de você, e sei que você não vai me julgar uma idiota sentimentalóide. Também não vai se aproveitar da minha vulnerabilidade. Eu confio em você".
E quando esse alguém chegar, poder chorar bem alto, afundada no seu ombro, sem ter que pedir desculpas por isso.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

I N F E R N O A S T R A L ! ! !

(Demorou, mas chegou)

BONS FINAIS GERAM BONS COMEÇOS
















Enquanto procurava a lingerie (vermelha) no meio da bagunça (cuidadosamente, para não acordá-lo), uma frase não saía da sua cabeça: "Bons finais geram bons começos".

Então ela se vestiu, pegou a bolsa e saiu de fininho, sem bater a porta.

Estava na hora de ir.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PERGUNTA

Você já sentiu, em algum momento, vontade de ir e ao mesmo tempo de ficar ?

domingo, 5 de dezembro de 2010

DOMINGO (QUASE) PERFEITO


Ela acordou triste, de ressaca (emocional), depois de fazer um drama daqueles. No dia anterior tinha dado tudo errado e acabado o que mal tinha começado. (a rima não foi de própósito, mas deixa)
E aí ? Domingo (lindo) de sol, ia ficar em casa, chorando de saudades da filha, fuçando a vida dele na internet ?
Bom, era isso ou ...rua. Então, rua. Se agora por questões de horário, capoeira só de domingo, que seja, vamos lá, tudo de novo: enfrentar a timidez, olhares curiosos, o medo de errar.
"Pode assistir a aula" ?
"Não pode".
"Não" ?
"Assistir não, pode fazer". - e ele riu.
Pânico. (Me deu vontade de chorar, acredita? Nem eu.)
Mas começou devagar:
"Vem cá"
"Bate palma na roda"
"Faz esse exercício"
"Faz com ela"
"Faz com ele"
"Faz comigo"
"Isso, assim está bom"
E roda, e festa, e convite pra churrasco.
Nem doeu. Ela gostou do mestre ? Gostou. Da galera ? Também. Curtiu o lugar ? Curtiu. Conseguiu fazer a aula ? Conseguiu. O mais importante: Saiu feliz ? Saiu.
Parou na banca, comprou uma cerveja e meia dúzia de revistas. Há quanto tempo não tinha um domingo inteiro para si, sem compromisso nenhum ? Agora podia chegar da rua suando em bicas e se jogar direto na piscina (foi o que fez) ,sem se preocupar com almoço, filtro solar, bóia, chapéu, brinquedo e principalmente: sem brincar de Princesas do Mar ! (Que a filha não a ouça, mas ela não curte nem Ester, nem Polvina, nem Tubarina. Quem já assistiu esse desenho sabe do que ela está falando.)
Mas enfim: depois de torrar no sol e bater papo com os vizinhos, ela chega em casa, come qualquer coisa e pensa que ter um domingo inteiro para chamar de seu DE VEZ EM QUANDO pode ser bem bom. (ainda mais sabendo que daqui a pouco estão todos de volta)
É claro que se depois de tudo isso ela pudesse mostrar pra ele a marquinha de biquíni seria perfeito, mas fazer o quê ? Sente falta de estar com ele e de pensar nele, porque só pensar já era quase tão bom quanto estar, acredita ? Mas não dá, imagine: Braços, sorriso, tatuagem... Braços, sorriso, tatuagem, sussurros, gemidos, boca, molhado...Eu quero, não dá. Pensar nesse caso é masoquismo, então a gente evita. Mas que era bom, ah isso era.

sábado, 4 de dezembro de 2010

MAIS UM PRA VOCÊ


Eu não sei se são seus traços, seus braços

A boca, o sorriso

Seu jeito de ser , de viver

De me olhar, de me pegar

...

Seja o que for,

você me fez perceber :

Talvez eu esteja pronta pra me entregar (por inteiro)

Pra me envolver com alguém disponível

...

Quem diria, ver isso assim, quase sem querer

Mas a vida é assim mesmo,

Nem sempre pagar pra ver

...


Não quero mudar a sua história

Desculpa mesmo, acho que deu a minha hora

..


Não estava nos meus planos me apaixonar

Mas quase sempre é assim,

Sentimentos não escolhem hora nem lugar

...

Sabe, eu banco a mulher fatal

Mas na verdade sou uma menina frágil

e sentimental

...

Mas é como eu disse:

Foi importante pra mim

Garanto que nossa amizade

não vai ter fim

JUSTIFICATIVA

Preciso da paciência dos meus leitores. Ao mesmo tempo em que dezembro me faz leve, querendo festa, nunca consigo escapar de colocar as perdas e ganhos na balança.

Um amigo numerólogo aconselhou: é preciso mentalizar o que quero até o dia 14, para que as coisas aconteçam. Pra quem acredita, o aniversário é o nosso ano novo: mudam os números, muda a energia.

Também tenho necessidade de passar algumas coisas a limpo, jogar fora o que não me serve mais, e (re)significar acontecimentos/sentimentos.

Então, por favor: paciência comigo !

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Reencontros no mundo virtual

Não se preocupe
que eu não vou ter
coragem de dizer

Mas hoje eu penso que eu devia
Ter casado com você

CURTINHAS

1. ALUNA

Pediu meu telefone, eu dei
Mandou uma mensagem, eu chorei

....

2. GABI

Saber que ela está bem
Me faz tranquila e feliz
Mas um pouco triste também
Será que esqueceu de mim ?

...

3. GOOGLE TALK

Alguns "bate-papos" dariam uns textos perfeitos !
Por essas e outras que prefiro a realidade. Ficção pra quê ?
...


4. ESCRIPTOFOBIA

Compartilhando o texto (perfeito) do Danillo, e também minha vaidade - ...http://avayauniversitario.blogspot.com/2010/11/escriptofobia-o-medo-da-escrita.html#comments

Quem tem amigos ..........

5. DIRETA

Ele ainda não entendeu
Quem escolhe quem fala pornografia comigo
Sou eu

ANIVERSÁRIO PARTE DOIS


Até agora, dezessete pessoas confirmaram que vão no Maria Cachaça dia 14/12. (EBA !)

A tendência é que esse número aumente porque ainda é cedo, mas na pior das hipóteses (vai que metade das pessoas viaja, tem outro compromisso ou fica com preguiça - CREDO !) já tem meia dúzia, o que já dá samba, rss

Nesse dia, além de ficar mais velha, estarei órfã ( é, a vida é dura) - então, nada melhor que a combinação amigos/cerveja/música boa/ risadas/bolo de chocolate pra me consolar.

Fala a verdade: vai ser bom pra c............ !

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

UM HOMEM APAIXONADO


O homem entrou na loja e perguntou sobre um shampoo da L´occitane. Tinha para cabelos claros ? Tinha.

Ele devia ter seus setenta anos. Era alto, magro e dono de uma elegância que só se consegue com a maturidade. Apesar de bem vestido com roupa social discreta e óculos de aro fino, o que lhe conferia elegância (e carisma) era a postura. Algumas pessoas sabem envelhecer sem se perder ao longo do caminho. Essas transmitem confiança e transpiram sabedoria sem dizer uma só palavra; elas compreenderam alguma coisa sobre a vida.

Ele me remeteu ao Rubem Alves, pela elegância e beleza (nessa ordem) e pensei que, como o Rubem, ele deve ter sido muito bonito quando jovem.

E então ele começou a explicar, bem humorado: que o shampoo era para sua esposa, que era loira “de verdade”, apesar dos muitos cabelos brancos de agora. Que ele tentara comprar o produto pelo site, mas estava esgotado, pois essa época do ano, sabe como é, tudo começa a faltar. E que, pesquisando pela Internet encontrou essa loja, a única da cidade que vendia a marca.

E depois da rápida demonstração da vendedora, decidiu: "Vou levar o shampoo e o condicionador. "É pra presente?” Era. Mas não presente de Natal, presente sem data mesmo, que ele gostava de fazer surpresas.

Esse homem me lembrou o meu pai. Quando ele e minha mãe fizeram 25 anos de casados, ele me pediu ajuda para escolher uma jóia pra ela. Eu me senti toda importante e nunca vou esquecer da alegria dele em poder comprar pra ela um presente especial. Nada o deixava mais feliz que fazê-la feliz.

E olhando aquele homem que parecia tão apaixonado pela esposa e feliz por lhe comprar um presente, eu pensei que quero um homem que olhe pra mim como meu pai olhava a minha mãe (como se ela fosse única no mundo); quero um homem que, depois de décadas de convívio, procure o meu shampoo preferido por sites e lojas e pague por ele uma fortuna com um sorriso nos lábios.

Foto: Rubem Alves

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

FELIZ DEZEMBRO


Decidida a comemorar meu aniversário (só precisei de um empurrãozinho dos amigos) fui testar o Maria Cachaça de terça feira.
Estava cheio, mas não lotado: foi fácil conseguir uma mesa às 22:30, e dava pra escolher, se lá dentro ou lá fora.

Até às 21 hs o chopp sai por 3,00, mas com a variedade de cerveja (sempre gelada), nem precisava.

O boteco também é famoso pelos petiscos: o escondidinho de carne seca estava imperdível.

Terça é dia de forró, e tem aquela galera que vai lá pra dar show. Mas mesmo quem não dança nada e nem é assim fanático por forró (é meu caso) arrisca uns passinhos e se diverte. Forró é um ritmo democrático, todo mundo pode.
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Não costumo combinar nada com tanta antecendência, mas sabe como é dezembro: piscou, já passou.
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Então está fechado, aprovado, combinado: dia 14/12, às 20:30, no Maria Cachaça.
Espero vocês !
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PS - Falando em antecedência, comprei ingressos para o show do U2 .
2011 promete !