segunda-feira, 29 de agosto de 2011

AMIGOS E MENTE QUIETA

Ela, que inventou de trabalhar 30 dias seguidos, anda quase se arrastando. Será que consegue ir até SP e encontrar o amigo que veio a trabalho, de Florianópolis?
Será que todo aquele movimento da Avenida Paulista não pode sugá-la ainda mais, refletindo (e até potencializando) a sua mente inquieta e insana, que não lhe dá descanso?
É que quanto mais a mente da moça se ocupa com processos, inquéritos e concursos, mais acelera em relação a tudo o mais que merece ser pensado: nos cuidados que sua filha necessita, em como manter seus relacionamentos, nas contas a pagar e providências a tomar. Tudo se expande a ponto da moça constatar que não dá conta. Mas no meio da inquietação uma frase não sai da sua cabeça:

"A única coisa que você deve controlar é a sua mente"

"A UNICA COISA QUE VOCE DEVE CONTROLAR É A SUA MENTE."

Então ela faz uma pausa e respira fundo. Está indo em São Paulo para quê mesmo?
Para encontrar um amigo. Que amigo? Um amigo sagitariano, daqueles bem "zen", que, num momento em que ela perdeu o pai, o namorado e a sanidade, saiu de Florianópolis especialmente para encontrá-la.
A melhor palavra para descrevê-lo veio de sua amiga Fernanda Cury: "Ele é muito doce, não?"
É, Fer, ele é muito doce. 
De repente ir para São Paulo parece uma boa idéia.

Amigos e mente quieta, taí um bom começo.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Um poeta que se explica está se desculpando"
Mário Quintana


Aiaiai...escrever um blog pode ser complicado se a opinião (ou interpretação)  dos outros tiver um peso muito grande. 

Tudo bem que não escrevo ficção, mas isso aqui também não é um confessionário. Fotografo momentos. Sentimentos. É isso que eu faço. Ah, merda, estou me explicando.

Eu já devo ter dito isso, mas essa história de que “cada leitor é leitor de si mesmo” é a mais pura verdade.

Mas será que dá pra combinar assim: o que eu escrevo é responsabilidade minha; o que vocês fazem com o que eu escrevo é responsabilidade de vocês?

Então dá licença, que a pizza chegou.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Comer, rezar...amar amar amar



Posso estar errada, mas a impressão que eu tenho é a de que ele carrega muitas das dores desse mundo.

E tudo que eu quero fazer é tirar com a mão esse peso que ele carrega nas costas, e beijar uma a uma, todas as suas cicatrizes.

E então fazê-lo sorrir. E apresentar-lhe o paraíso sob o meu baby doll.

E só o que eu  consigo pensar é “se não for ele, que seja alguém como ele”.

...

Lembrei daquela cena de "Comer, Rezar, amar", quando a amiga da Liz Gilbert percebe que ela está perdidamente apaixonada e fica repetindo “Você tá ferrada, baby!". (...) "Mas você tá tão ferrada, baby!!?"

Eu tô ferrada.



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

BEAT ACELERADO



Uma vez, na revista TPM, uma repórter (que era a entrevistada) disse que a única maneira de dormir quando trabalhava como correspondente de guerra era beber até desmaiar. Algo como um litro de vodca. Depois era acordar, vomitar e voltar ao trabalho. E ainda deu a entender que essa era a rotina de toda a equipe. Entrevistas da TPM são mesmo imperdíveis. E relaxar depois de ver bombas explodindo e pessoas morrendo ao lado não deve ser mesmo nada fácil.

Feliz ou infelizmente, não existe em nós um “liga/desliga”. No máximo um “foda-se”, que pode ser muito útil, aliás, quando já não há nada a fazer. Mas ainda não inventaram a pílula – não que eu saiba - que nos faça desacelerar num passe de mágica.

E se não podemos contar com o “off”, como não encarnar o personagem do Michael Douglas em “Um dia de fúria”?

Claro que o ideal seria não chegar nesse estágio. A boa e velha atividade física ajuda. E também meditação, ioga, trabalhos manuais. Mas na hora do turbilhão cadê a disciplina, o cuidado, a organização? A criatividade? Vai tudo para o ralo, junto com o tal do equilíbrio.

E não é todo mundo que tem a sorte de ter um parceiro que chega nessa hora com um chocolate, um beijo, ou certa paciência com a nossa choradeira. Não é todo mundo que tem uma filha de cinco anos que diz “vem cá, que eu vou fazer um desenho pra você” e penteia seus cabelos enquanto descreve sua semana do “fonclore” na escola (e com aquele hálito delicioso de leite, exatamente como quando ainda era bebê)

Aliás, pode acontecer que justo naquele dia em que você não devia ter saído da cama, seu eleito esteja meio distante, ou simplesmente tão cansado quanto você e não perceba sua carência, nem seu cabelo novo. Um abraço já seria meio caminho andado, mas você, do planeta Vênus, está tão sobrecarregada que não consegue pedir. Pode acontecer também que sua filha esteja birrenta, exigindo toda sua atenção, enquanto tudo que você quer é correr até chegar na Groenlândia ou simplesmente assistir qualquer bobagem na TV que a faça parar de pensar.

E agora, José? Tudo bem que se fosse fácil, não teria a menor graça. Mas precisa ser tão difícil assim?

domingo, 21 de agosto de 2011

PARA FAZER COM UM HOMEM



Passar a mão nos cabelos. Passar a mão no pescoço. Passar a mão na barba por fazer. Passar a mão nos braços. Passar a mão na bunda.


Beijar o pescoço. Beijar a boca. Beijar a barriga. Beijar tudo. Esquecer tudo.

Comprar lingerie. Tirar a lingerie. Sentar no colo. Pedir colo.

Esfregar-se nele. Sentir seu cheiro. Sentir seu sexo. Falar “pára” querendo que ele continue. Falar “não pára”. Encaixar. Entregar. Mexer. Gemer. Acelerar. Gozar. Relaxar.

Olhar nos olhos. Contar segredos. Desviar o olhar. Esconder segredos. Sentir saudades.


Incentivar. Confiar. Elogiar. Blefar. Falar. Desabafar. Escutar.

Torcer pra ele ligar. Ligar.

Tomar café. Tomar cerveja. Tomar um vinho. Tomar chá de cadeira (só uma vez)

Engolir sapo. Engolir...

Conversar. Rir. Desejar. Provocar. Mandar uma foto nua. Mandar torpedos.

Controlar-se. Perder o controle. Convidar. Esperar. Aceitar.

Amar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

INSENSATA COMBINAÇÃO

Novela  é uma coisa engraçada: você pode não assistir um só capítulo, mas sabe o que acontece e o que vai acontecer. É claro que estou falando da novela das nove da Globo.


Impossível escapar das manchetes das revistas, das intermináveis chamadas, das discussões “produtivas” nos programas de televisão.

Já gostei de novelas, e ainda gosto do (autor) Manoel Carlos. Mas as mudanças bruscas que costumam acontecer no enredo e (principalmente) na personalidade dos personagens acaba com qualquer possibilidade de envolvimento por parte do telespectador ; assim que ele começa a se identificar
com um personagem, por exemplo, este vira outra pessoa. Quem é o personagem, aliás? Nem o autor sabe.


Essa obra “aberta” é tão aberta que se perde no meio (ou no início) do caminho. Mas o pior é a “criatividade” dos autores. É claro que uma boa novela que se preze vai tratar de conflitos familiares e desencontros amorosos, e às vezes, de um bom suspense. Mas “chupar” (desculpe, mas não foram referências) numa só novela, histórias como “ O Conde de Monte Cristo” (Gloria Pires e o vilão Léo); “Amor sem escalas” ( Tarcísio Meira e Ângela Vieira), “A Partida” (Lázaro Ramos e Milton Gonçalves na última cena) -  e isso porque eu devo ter visto uns três capítulos - sinceramente, não dá.

Assim, até eu.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DIA DOS PAIS

Minha meia dúzia de leitores fiéis talvez esteja cansada de um dos meus temas recorrentes: a minha relação com meu pai. ( Só para constar: do tema "sexo"eles não se cansam nunca)

Bem, esse ano eu não levei flores para o cemitério. Eu não prestei atenção na letra da música do Fábio Junior. Não, esse ano eu não chorei.

Apenas torci para o pai da minha filha cumprir a promessa de passar esse dia com ela, coisa que felizmente ele fez.

Não pude deixar de pensar que o "Dia dos Pais" não pode, nem de longe, ser comparado ao "Dia das Mães" comercialmente. E que isso reflete nossa realidade social: um grande número de  pais ausentes. E bota "ausente" nisso.

Então eu me limitei a agradecer o fato de ter tido não apenas um pai presente, mas o "o melhor pai do mundo"; o fato desse dia dos pais ter sido, apesar dos pesares, um dia muito agradável.

Não se trata de se contentar com pouco, mas de lidar com realidades.


É hora de crescer.

 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

EU NÃO ESTOU GRÁVIDA

Quando meu ex marido era meu namorado, ele tinha um amigo do qual eu não gostava. Eu não entendia a amizade deles, e tomava as dores do meu (então) namorado quando havia alguma divergência entre os dois.

No dia do meu casamento, esse amigo fez uma coisa que também não entendi, e eu escrevi um texto (bem malcriado) no meu antigo blog sobre isso. Depois me arrependi e tentei tirar o texto do ar, mas por um desses acasos que ninguém explica, minha internet deu pau e o texto permaneceu na net o suficiente para que o amigo, os amigos do amigo e a torcida do Corinthians lessem.

Em minha defesa, a única coisa que posso dizer é que estava grávida, e aproveito o momento para prestar aqui um serviço de utilidade pública: MULHERES GRÁVIDAS SÃO LOUCAS. É PRECISO QUE TODOS TENHAM PACIÊNCIA COM ESSAS VÍTIMAS DE HORMÔNIOS ASSASSINOS!

Dito isso, também devo admitir que meu orgulho não me deixou voltar atrás, e em razão desse orgulho tentei defender o maldito texto e seu humor negro. Eu e o amigo do meu (então) marido nos tornamos meio que inimigos declarados.

Não sei se por coragem ou covardia, o meu (ainda) marido ficou do meu lado; tentei esquecer o assunto. Mas eu sou o tipo de pessoa (orgulhosa e melindrosa) que não esquece e não  perdoa: nem aos outros, nem a si mesma.

Anos depois, fiquei sabendo que o amigo escrevera um livro. Na época eu estava me separando  e não dei muita bola para o assunto, não quis ler o livro quando meu  - então ex - marido me emprestou. Mas depois de um tempo, ao encontrar a obra na biblioteca, resolvi conferir.

Gostei muito, mas muito mesmo. Posso dizer que me apaixonei pelo livro e pela pessoa que escreveu aquilo. Aliás, quem era essa pessoa? Eu já não sabia.

O que fazer? Nada, a não ser tocar um tango argentino ? Não, eu também podia ser sincera. Pedir desculpas. Dizer que li o livro, que gostei.

Foi o que fiz. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.

Lembrei desse episódio, ao ouvir hoje à noite, de uma amiga querida, depois de um dia beeem difícil: "Relativize as coisas,  relações são refeitas." RELAÇÕES SÃO REFEITAS.

Só que eu não estou grávida dessa vez.

domingo, 7 de agosto de 2011

ATRAÇÃO PLATÔNICA

Ele é inacessível. Tanto quanto o Rodrigo Santoro ou o Brad Pit. É daqueles que tem uma relação estável (se for casado e com filhos, piorou) é fiel, tem juízo (alguém tem que ter), pertence a outro mundo social, tem um cargo importante, é seu chefe, seu professor, seu mestre de ioga, de capoeira, whatever: você sabe que não vai rolar. Você não tem chance.


Mesmo assim , rola uma receptividade da parte dele. Assim, na medida. Apenas uma brincadeira. Voce pode até ter sonhos eróticos com ele, mas como sabe que isso NUNCA vai acontecer, não tem stress, não tem crise. Então vocês se dão bem e se divertem com a situação que ninguém mais percebe. Que situação? A seguinte: 1. Voce quer dar pra ele; 2. Ele sabe, porque está escrito na sua testa, mas finge que não sabe. 3. Voce sabe que ele sabe e que finge que não sabe.


Essa situação pode até parecer desconfortável, mas não é, porque a tensão só se estabelece quando se espera uma atitude da outra pessoa, o que não é o caso aqui, absolutamente. Você, pobre mortal, mas dotada de um mínimo de inteligência se conforma e aceita o fato de que seu objeto de desejo é nada mais que uma fonte de inspiração.   E só o fato dele te dar uma bola de leve, que na verdade nem nem é essa bola toda, talvez ele esteja sendo apenas gentil e educado, mas só isso já é a suprema felicidade pra você.
.
Então tudo o que você precisa fazer é controlar seus instintos mais primários e manter uma distância segura; manerar nos sorrisos e elogios e nunca, jamais, puxar uma conversa pela internet depois de ter tomado a primeira taça de vinho. É assim que a troca de energia pode continuar rolando, de uma maneira discreta e segura , e serão todos os envolvidos felizes para sempre.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MAIS CURTINHAS

Engraçada a vida. Quanto menos você faz, menos você quer fazer.

E o contrário também é verdadeiro: quanto mais você faz,  mais você quer  - ou consegue - fazer.

Escrevo isso porque voltei a escrever no blog justamente agora que meu tempo caiu pela metade. E se a gente parar pra pensar, costuma ser assim. A impressão que dá é que, quando a gente resolve se desafiar, tem que ser em todos  - ou em vários - sentidos. Será que é por aí? Me ajuda, gente. Eu me sinto exausta e meu raciocínio não anda lá essas coisas.

...

Desde que resolvi voltar a estudar, peguei pesado (empolgação de iniciante) e pensei: Como é difícil ser mulher! Se é difícil ser bonita  e sexy "apenas" (1.) trabalhando, (2.) cuidando de filho e (3). cuidando da casa, experimenta ser bonita e sexy acrescentando (4) estudando pra concurso.

PUTA QUE O PARIU!!!!

Tá, eu até consigo postar no blog, mas não é lá essa coisas...........

     

BOCA SUJA

Dica do professor de Processo Penal: "Anota os prazos numa folha separada, porque prazo sempre cai. E se você não anotar tudo na mesma folha, vai perder um tempão na hora de estudar, procurando a porra do artigo" A porra do artigo. Adorei. (Para ser justa, preciso dizer que ele é nordestino e no nordeste "porra" é praticamente uma interjeição qualquer)

De qualquer maneira, para fazer a minha seção de terapia habitual, devo confessar que adoro homem que fala palavrão. Deliro quando o juiz entra na sala com seu terno  bem cortado e todos os  palavrões do mundo.

Uma vez eu escrevi "Adoro homem que fala palavrão. "Porra", "caralho" me dá tesão."

Pesado esse, né? Tem gente que vai me apedrejar.

Mas palavrão pra mim só é demais em filme nacional (porque chega uma hora que a gente só presta atenção no palavrão) e na boca da Dercy Gonçalves (nunca consegui gostar dessa mulher. Aliás, ela morreu mesmo?) É claro que palavrão num centro espírita, também, nem pensar. E já ia me esquecendo: tem um, filho único, que eu não consigo dizer. Acho horrível, abominável. O "bu......Não, não. Pelo menos esse eu não falo. Conta algum ponto a meu favor?

Eu devo ter algum problema.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Curtinhas

Vi o  - psicanalista - Contardo Calligaris no "Altas Horas" ontem. Não sei bem o por quê, mas esse é um dos textos mais acessados deste blog. ( aquele que eu falo da entrevista dele na revista Lola)  Quer dizer, claro que sei: o texto deve cair na página do google por algum motivo. Só pra dizer que eu amo esse cara. Ele é inteligente, charmoso e parece entender um pouco de mulheres e relacionamentos. Momento caras: ele está no milésimo casamento, dessa vez com a (atriz) Monica Torres. É, todos os caras que eu amo atualmente são casados ou comprometidos.

...

Falando nisso, mandei uma foto "picante" para o meu ficante, ou ex ficante. (eu nunca sei). Calma gente, não dá pra dizer que sou eu. Ou dá? Eu só sei que eu me senti tão sexy, tão gostosa. Mulher precisa disso. PRECISA! Momento Hitler: Diz pra sua mulher que ela é gostosa! Agora!!!!

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Que mais? Tô numas de "traçar objetivos": estudar, prestar outros concursos, blábláblá. Mas eu acho um saco falar disso. Acho que não conseguiria fazer um blog do tipo "Como passar num concurso" ou "Dicas para emagrecer" ou ainda "Como enlouquecer um homem na cama". KKKKKKKKKKk Brincadeira. Esse último eu adoraria. Quem sabe um dia?

Beijosa todos que leem esse blog!!!!!