sábado, 23 de abril de 2011

BOA PASCOA!


Achei esse poema a cara da Pascoa:

Tu tens um medo:



Acabar.


Não vês que acabas todo o dia.


Que morres no amor.


Na tristeza.


Na dúvida.


No desejo.


Que te renovas todo o dia.


No amor.


Na tristeza.


Na dúvida.


No desejo.


Que és sempre outro.


Que és sempre o mesmo.


Que morrerás por idades imensas.


Até não teres medo de morrer.


E então serás eterno.


CECILIA MEIRELLES

Feliz Pascoa, com alegria, chocolate e que esse espírito de renascimento nos acompanhe todos os dias!

IRRITADA POR QUE?

Pra começar, é feriado
E eu adoro Páscoa, adoro chocolate
Tenho dinheiro na conta
Minha filha diz que me ama cinco vezes por dia
A Riachuelo está com a uma coleção da CRIS BARROS
(e eu comprei um vestido lindo)
Estou com pé e mão feitos, pintados da cor que eu mais gosto
("Ameixa", a quem interessar)
A depilação está em dia, o cabelo hidratado
E o dia tem sol, piscina e cerveja

Então alguém me responde....Estou irritada por que?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ESCREVER PRA QUEM?



Dia desses meu irmão me mandou um texto muito interessante do André Forastieri, que resolvi reproduzir aqui.

Taí uma pergunta que eu sempre me faço: escrevo pra quem?

Geralmente eu escrevo para um homem que desperta o meu interesse.  Não importa se a relação acontece.
Na verdade escrevo mais quando a coisa está na fase "platônica".

Torço para que o "eleito da vez" leia o blog. Se ele for esperto vai se reconhecer. Muito esperto, aliás, porque a coisa é sutil. Certeza ele não vai ter nunca, a não ser que me pergunte "você estava falando de mim?". Aí eu assumo.

Escrevo também para quem interage no meu blog, pra quem fala do que escrevo. Nada me deixa mais feliz que um feedback.

Agora, voltando aos homens, devo confessar...quando o interesse é grande, e não só sexual...é difícil achar o tom!

E agora, José, e agora?

Por enquanto...André Forastieri pra vocês!

...


Para quem você escreve? (ou: oito dicas preciosas para você escrever um conto, por Kurt Vonnegut)


Já traduzi e publiquei neste blog as regras do meu ídolo Elmore Leonard para escrever um bom romance (clique aqui para ler). Escrevendo esses dias sobre Kurt Vonnegut - e várias outras coisas, tudo costurado com agulha enferrujada e rombuda, como de costume - lembrei dessa listinha de conselhos dele para quem quiser escrever um conto.
Ele não era assim nenhum mestre dos contos - sua imaginação exigia tela maior - mas não fazia feio. Com meu esforço de adaptação das duas listas à última flor do Lácio, considero encerrada minha contribuição à literatura nacional.



Da antologia de Kurt Vonnegut, Bagombo Snuff Box:

1. Use o tempo de um total desconhecido de maneira que ele ou ela não vai achar que foi desperdiçado.

2. Dê ao leitor ao menos um personagem pelo qual ele possa torcer.

3. Todo personagem deve desejar alguma coisa, nem que seja apenas um copo d'água.

4. Toda sentença deve fazer uma de duas coisas - revelar personalidade ou avançar a ação.

5. Comece tão próximo do final quanto possível.

6. Seja sádico. Não importa o quanto seus protagonistas sejam doces e inocentes, faça coisas horríveis acontecer com eles - é a maneira do leitor perceber do que eles são feitos.

7. Escreva para agradar somente uma pessoa. Se você abrir a janela e fazer amor com o mundo, sua história vai pegar pneumonia.

8. Dê aos seus leitores tanta informação quanto possível assim que possível. Dane-se o suspense. Os leitores devem ter tamanha compreensão do que está acontecendo, onde e por que, que seriam capazes de terminar a história caso as últimas páginas do livro sejam devoradas por baratas.

E se você ficou curioso/a para saber para quem Vonnegut escrevia: era para a irmã dele. Mais detalhes em um de seus muitos livros, não lembro qual - leia todos.

E eu, para quem escrevo? Bem, sei quem gostaria de impressionar, mas costumo dizer que copio Grant Morrison: escrevo para um cara de 14 anos muito inteligente.



Mas não é isso que Kurt quis dizer. Ele aconselha você a escrever para uma pessoa real, de carne e osso. Mesmo que ela já tenha morrido.



Para quem você escreve?

http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2011/04/06/para-quem-voce-escreve-ou-oito-dicas-preciosas-para-voce-escrever-um-conto-por-kurt-vonnegut/

sábado, 16 de abril de 2011

CURTINHA

Pagando pau.
Faz parte.

PEQUENA LISTA DE DESEJOS


flores
cores
sabores
amores

quinta-feira, 14 de abril de 2011

SCRAP PARA O MESTRE



Valter Rodrigues foi meu professor de Psicologia na Casper Líbero. Toda semana ele tinha o desafio de prender a atenção de estudantes de publicidade ansiosos e arrogantes. Não preciso dizer que a tarefa não era nada fácil. A classe vivia em alvoroço, mas mesmo assim ele nos fazia pensar em suas aulas não convencionais.

Um dia sua  filha de 18 anos foi assassinada. Lembro da expressão dos olhos dele. Lembro dele nos pedir apoio, nos pedir um abraço. Lembro dele, meses depois,  muito estressado por causa das politicagens da faculdade. Enquanto eu o ouvia desabafar, lembrava de uma reportagem que havia lido sobre stress: o topo da lista era perder um ente querido.  O luto, portanto, seria a maior situação de stress para um ser humano. Em segundo lugar, o divórcio. Três anos depois, comprovei a teoria: quando meu pai morreu meu stress era tão grande que eu seria capaz de bater na Madre Teresa de Calcutá. Perdi amigos, emprego, sanidade. Me apaixonei, engravidei, casei, separei. Assim como a Liz Gilbert em Comer, Rezar, Amar, "tudo que eu queria era correr e só parar depois de chegar à Groenlândia". Maus tempos.

Mas voltando:  eu e Valter continuamos mantendo contato no mundo virtual. Fiquei muito feliz de ver que ele reconstruiu sua vida: casou de novo e tinha um filho pequeno.

Essa semana soube que ele morreu.

Visitei sua página no orkut. Um perfil cheio de fotos e recados. Como assim, morreu, como assim?

Deixei um recado pra ele. Escrevi, entre outras coisas, que ele me ensinou muito na sala de aula, mas a maior lição veio do seu exemplo de vida. Que quem consegue reencontrar a felicidade depois de prova tão dura realmente  merece ser feliz.

Depois fiquei pensando: eu não podia ter dito isso enquanto ele ainda estava aqui?

Mas também escrevi: "espero que minhas palavras e minha gratidão lhe alcancem, onde estiver."

Espero.

terça-feira, 12 de abril de 2011

U2 - o que eu não faço pelo Bono...

Vestindo a camisa....



Tomando chuva....





Piadinha infame...


 

Adorando!



domingo, 10 de abril de 2011

FALANDO EM PRIMOS....



Eu e Dani conferindo um dos espetinhos da Aclimação.

E hoje à noite estaremos pertinho do Bono! Eba!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

FACEBOOK

Que eu faço com essa vontade de excluir alguém do meu facebook?

Espero passar, claro.

Tem gente que não merece tanta consideração;

Todo esse trabalho de se apertar um botão....

quarta-feira, 6 de abril de 2011

QUEM MORRE?

Quando, no centro espírita que você frequenta, citam um dos seus textos preferidos....isso é um sinal de que você deve estar indo não lugar certo, não?

Aqui vai o texto, de Martha Medeiros (e falsamente atribuído ao poeta Pablo Neruda)


MORRE LENTAMENTE ...

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o escuro ao invés do claro e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

É como diz Mário Quintana: "Viver primeiro, morrer depois"

Beijo a todos!

sábado, 2 de abril de 2011

FAMÍLIA



Sempre que eu assisto "Brothers and Sisters" tenho  três pensamentos, nessa ordem:

1. Que bom que eu tenho um irmão!
2. Que pena que não tenho mais irmãos!
3. Ainda bem que minha família é grande!

É impressionante como essa série consegue retratar os sentimentos que envolvem uma família: a união, a preocupação, os melindres, os conflitos. Mas acima de tudo, aquela sensação de aconchego, de se pertencer a algum lugar:  só quem tem uma estrutura famíliar é capaz de entender.   

Lembrei disso porque, mais uma vez, minha filha foi com minha mãe para Salvador. 

Se é verdade que morro de saudades e nem sei o que fazer com tanta liberdade (quem é mãe sabe que tempo livre é para nós o maior dos luxos) , é também verdade que valorizo muito o fato da Gabriela ficar cada vez mais próxima das primas de sua idade. É muito interessante perceber que essa conexão - e interação -  está simplesmente sendo transmitida, de forma natural, de geração para geração.
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Apesar de espalhados pelo Brasil (e até Estados Unidos) nós, os "super primos" estamos sempre em contato e nos encontrando por aí:  há um mês Mike e Sâmila, de Recife, estiveram aqui e tivemos todos  um fim de semana nota dez; já no próximo sábado é  a vez da Dani, de Salvador, vir para o show do U2. E assim vamos...E quando nos encontramos, nunca deixamos de lembrar da época de brincadeiras de criança, o que rende muitas risadas. Brincadeiras que a Gabi está fazendo agora com suas primas. E que vai lembrar depois.

É, preciso acrescentar mais ítens na minha lista de pensamentos quando assisto' "Brothers and Sisters":

4. Que bom que tenho muitos primos!
5. E a Gabi também!


É como eu  gosto de dizer:  FELICIDADE EXISTE!