terça-feira, 26 de janeiro de 2010

NÃO ÀS DROGAS

Mas nem se você fosse
Tudo aquilo que fingia ser
Dava pra perder mais que cinco minutos

Agora eu vejo
Um mano, suburbano
Com cara de boliviano

Trabalha pra beber
Bebe pra trabalhar
Sai pra bater e apanhar

Um metro e oitenta e dois ?
Só se for de orgulho, vaidade
e péssimas intenções

Diz que fala inglês, espanhol e japonês
Mas na real
Mal (e mal) o português

...

Posso vê-lo daqui a trinta anos
Colhendo o que plantou :
Desafetos
O mesmo salário mínimo
E uma barriga enorme de chopp

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