quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MINHA VIDA NUM ALMOÇO

Já escrevi por aqui que tenho conhecido pessoas interessantes ultimamente. Gosto de pessoas e gosto de histórias, então pra mim não há nada melhor que ouvir a história de vida de alguém. E se for interessante, melhor ainda.

Dito isso, nesses dias (de novas pessoas e novas histórias) percebi duas coisas: primeiro, mesmo que eu me envolva  - a princípio - só físicamente com alguém, quando a história acaba, o que mais me faz falta são as conversas (por mais que o sexo tenha sido fantástico, e às vezes até é); segundo: eu   também  tenho uma história pra contar.

Essa última parte precisa de explicação: uma parte de mim ainda se sente aquela menina de dezoito anos ingênua e inexperiente, que ouvia chocada o que as pessoas  tinham pra contar  e se perguntava como era possível que alguém passasse por tantos contratempos e ainda continuasse com aquele sorriso no rosto;  essa parte de mim ainda toma um susto quando percebe que eu me tornei uma dessas pessoas. (como todo mundo um dia se torna, aliás; ou você conhece alguém que só tem alegrias na vida?) 

Essa ficha caiu quando, num almoço, depois de ouvir a história de um colega de trabalho (ou o que foi possível contar em uma hora) e pensar algo como "nossa, ele já passou por poucas e boas", contei a minha história e ele me disse a mesma coisa. A propósito, é só o que tenho ouvido ultimamente de quem se dispõe a me conhecer melhor.

Nunca vou cansar de dizer que a vida pode ser muito interessante. Acredito que a vida de qualquer pessoa dá um livro, e que o que faz a história boa não é tanto o que nos aconteceu, mas o que fazemos com o que nos aconteceu. Essa "elaboração interna" é trabalho nosso, pessoal e intransferivel, e determinante para nossa felicidade. Tenho feito o possível, e visto muita gente fazer bonito.

Para essas pessoas - e em especial para um moço de 27 anos - eu dedico esse texto.

2 comentários:

  1. Acredito que algumas pessoas nascem com algum dom,talvez estou comentando algo de alugem que tenha um desses.Expressando um pensamento que tive a pouco falo que escultar algo sem muita importancia,por ter cido passado,e conseguir colocar em um papel passando todos seus sentimentos ou pelo menos parte deles,não é para qualquer um.Acredito que só consiga algo parecido quem tem algo diferente dentro de si,talvez a grandeza de poucos, o objetivo unico e a humildade que nos leva a descobrir grandes segredos.bjs.(R cocheira).

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  2. Acredito que a gente só tem a ganhar quando consegue enxergar o outro (digo enxergar mesmo, sem conceitos pré estabelecidos); acredito que é a diversidade, em todos os sentidos possíveis, que faz a vida (pra usar mais uma vez essa palavra tão repetida no texto)interessante. Só não acredito que vc vá assumir esse apelido, Mr. R! Brincadeira! Bj enorme pra vc!

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