Com receio de estar falando bobagem no texto anterior sobre a audiência do debate dos presidenciáveis, fui checar a informação e não deu outra: três pontos de audiência, três !
Acredito que não é (só) falta de consciência política da população, mas falta de paciência mesmo de ouvir a mesma ladainha.
Nada é pior que ouvir um político falar: eu tenho a impressão de que se você der cinco horas pra cada um, eles vão falar cinco horas ininterruptamente ! E sempre da mesma forma, com gestos forçados e entonações parecidas.
Tem gente que vai me odiar, mas ainda assim vou confessar :
eu gosto dos discursos do Lula. Ele fala errado, erra a concordância, mas pelo menos é mais espontâneo, natural. Fala como gente de verdade, não como um boneco inflável.
O voto não deveria ser obrigatório. Não me sinto poderosa ao votar, sinto-me impotente, desanimada, uma palhaça de circo que participa (forçada) do mesmo espetáculo.
Mas enquanto não tem jeito,
vou votar na Marina. Mesmo que ela continue com aquela cara de evangélica e aquela sobrancelha horrível. (Se até a Dilma ficou bonita, porque ela não pode ficar também ? Será que ela não sabe o quanto a imagem pode ajudá-la nas eleições ? Isso me parece resistência pessoal, porque não é possível que ninguém a tenha assessorado quanto a isso. )
E aproveitando - porque não sei se volto a falar no assunto - de toda a palhaçada de nomes para deputados , há um cara sério, pelo menos um, que é o
GABRIEL CHALITA, número 4030, candidato a deputado federal.
O Gabriel estudou Direito comigo na PUC/SP, embora não na mesma classe. Éramos cinco turmas de manhã, e ele foi escolhido o orador. (quem quiser ver a minha fita de formatura - naquela época era fita cassete - vai ver o Gabriel Chalita e o Reinaldo Gianechinni, que já era modelo e que - esse sim - estudou na minha classe cinco anos, veja só)
Mas voltando ao Gabriel: aos 12 anos ele escreveu um primeiro livro e hoje conta com 45 publicações. Aos 19 anos foi vereador , foi Secretário da Educação, cursou Filosofia, Direito. Fez mestrado em Ciências Sociais/Sociologia Política e Direito. e doutorado em Comunicação e Semiótica e Direito, ambos pela PUC/SP. Ensina atualmente nos programas de graduação e pós-graduação da própria PUC/SP e no Mackenzie. Candidatou-se a vereador em 2008 e recebeu a maior votação dentre os eleitos: 102.048 votos.
Não acredito que ele queira chegar lá pra fazer nada.